VISÃO HISTÓRICA DA DEFICIÊNCIA
VÍDEOS HUMORISTICOS
DIGA NÃO ÀS DROGAS - DIVULGUEM AS INFORMAÇÕES
TESTE DA ORELHINHA
ATENÇÃO: PREVENIR É O MELHOR REMÉDIO:
Teste da Orelhinha: simples e essencial ao bebê
Um dos sentidos mais importantes para o desenvolvimento completo da criança é a audição. O bebê já escuta desde bem pequeno, antes mesmo de ser erguido pelo doutor em sua apresentação ao mundo. Isso acontece a partir do quinto mês de gestação, onde o bebê ouve os sons do corpo da mamãe e sua voz.
É através da audição e da experiência que as crianças têm com os sons ainda na barriga da mãe que se inicia o desenvolvimento da linguagem. Qualquer perda na capacidade auditiva, mesmo que pequena, impede a criança de receber adequadamente as informações sonoras que são essenciais para a aquisição da linguagem.
Bom, depois dessas informações fica mais fácil saber a importância do Teste da Orelhinha, ou Triagem Auditiva Neonatal, que é realizado já no segundo ou terceiro dia de vida do bebê. Ao contrário do nome parecido com o teste do pezinho, no Teste da Orelhinha não é preciso fazer um furinho na orelha do bebê (ainda bem).
Esse exame consiste na colocação de um fone acoplado a um computador na orelha do bebê que emite sons de fraca intensidade e recolhe as respostas que a orelha interna do bebê produz.
O exame logo ao nascer é imprescindível para todos os bebês, principalmente àqueles que nascem com algum tipo de problema auditivo. Estudos indicam que um bebê que tenha um diagnóstico e intervenção fonoaudiológica até os seis meses de idade pode desenvolver linguagem muito próxima a de uma criança ouvinte.
O grande problema é que a maioria dos diagnósticos de perda auditiva em crianças acontece muito tardiamente, com três ou quatro anos, quando o prejuízo no desenvolvimento emocional, cognitivo, social e de linguagem da criança está seriamente comprometido.
Fácil, rápido e sem dor - Recado para as mamães: o Teste da Orelhinha é realizado com o bebê dormindo, em sono natural, é indolor e não machuca, não precisa de picadas ou sangue do bebê, não tem contra-indicações e dura em torno de 10 minutos. Viu que fácil.
Há os chamados bebês de risco para a surdez. São os casos em que já existe um histórico de surdez na família, intervenção em UTI por mais de 48 horas, infecção congênita (rubéola, sífilis, toxoplasmose, citomegalovirus e herpes), anormalidades craniofaciais (má formação de pavilhão auricular, fissura lábio palatina), fez uso de medicamentos ototóxicos, entre outros. Se o Teste da Orelhinha já e importante para uma criança sem problemas, imagine para essas crianças.
Mas todos os bebês devem fazer o Teste. Em bebês normais, a surdez varia de 1 a 3 crianças em cada 1.000 nascimentos, já em bebês de UTI Neonatal, varia de 2 a 6 em cada 1.000 recém-nascidos. A avaliação Auditiva Neonatal limitada aos bebês de risco é capaz de identificar apenas 50% dos bebês com perda auditiva.
A deficiência auditiva é a doença mais freqüente encontrada no período neonatal quando comparada a outras patologias. Só como exemplo, o Teste do Pezinho aponta uma criança em cada 10 mil nascimentos, muito menos que o da Orelhinha.
Portanto, o Teste da Orelhinha é algo fundamental ao bebê, já que os problemas auditivos afetam a qualidade de vida da criança, interferindo no processo da fala, entre muitas outras coisas.
É como uma bola de neve: a criança cresce e tem dificuldade em ouvir ou se expressar e, com isso, sente mais dificuldade em se socializar. Isolada por não ter fácil acesso ao grupo de amiguinhos, ela pode apresentar depressão. E por aí vai.
Para que isso não aconteça, procure o pediatra, um médico otorrinolaringologista ou uma fonoaudióloga quando houver alguma suspeita de perda auditiva no seu filho.
O teste é obrigatório por lei?
Sim. Desde o dia 2 de agosto de 2010 o exame é obrigatório e gratuito.
http://guiadobebe.uol.com.br/teste-da-orelhinha/
Teste da Orelhinha: simples e essencial ao bebê
Um dos sentidos mais importantes para o desenvolvimento completo da criança é a audição. O bebê já escuta desde bem pequeno, antes mesmo de ser erguido pelo doutor em sua apresentação ao mundo. Isso acontece a partir do quinto mês de gestação, onde o bebê ouve os sons do corpo da mamãe e sua voz.
É através da audição e da experiência que as crianças têm com os sons ainda na barriga da mãe que se inicia o desenvolvimento da linguagem. Qualquer perda na capacidade auditiva, mesmo que pequena, impede a criança de receber adequadamente as informações sonoras que são essenciais para a aquisição da linguagem.
Bom, depois dessas informações fica mais fácil saber a importância do Teste da Orelhinha, ou Triagem Auditiva Neonatal, que é realizado já no segundo ou terceiro dia de vida do bebê. Ao contrário do nome parecido com o teste do pezinho, no Teste da Orelhinha não é preciso fazer um furinho na orelha do bebê (ainda bem).
Esse exame consiste na colocação de um fone acoplado a um computador na orelha do bebê que emite sons de fraca intensidade e recolhe as respostas que a orelha interna do bebê produz.
O exame logo ao nascer é imprescindível para todos os bebês, principalmente àqueles que nascem com algum tipo de problema auditivo. Estudos indicam que um bebê que tenha um diagnóstico e intervenção fonoaudiológica até os seis meses de idade pode desenvolver linguagem muito próxima a de uma criança ouvinte.
O grande problema é que a maioria dos diagnósticos de perda auditiva em crianças acontece muito tardiamente, com três ou quatro anos, quando o prejuízo no desenvolvimento emocional, cognitivo, social e de linguagem da criança está seriamente comprometido.
Fácil, rápido e sem dor - Recado para as mamães: o Teste da Orelhinha é realizado com o bebê dormindo, em sono natural, é indolor e não machuca, não precisa de picadas ou sangue do bebê, não tem contra-indicações e dura em torno de 10 minutos. Viu que fácil.
Há os chamados bebês de risco para a surdez. São os casos em que já existe um histórico de surdez na família, intervenção em UTI por mais de 48 horas, infecção congênita (rubéola, sífilis, toxoplasmose, citomegalovirus e herpes), anormalidades craniofaciais (má formação de pavilhão auricular, fissura lábio palatina), fez uso de medicamentos ototóxicos, entre outros. Se o Teste da Orelhinha já e importante para uma criança sem problemas, imagine para essas crianças.
Mas todos os bebês devem fazer o Teste. Em bebês normais, a surdez varia de 1 a 3 crianças em cada 1.000 nascimentos, já em bebês de UTI Neonatal, varia de 2 a 6 em cada 1.000 recém-nascidos. A avaliação Auditiva Neonatal limitada aos bebês de risco é capaz de identificar apenas 50% dos bebês com perda auditiva.
A deficiência auditiva é a doença mais freqüente encontrada no período neonatal quando comparada a outras patologias. Só como exemplo, o Teste do Pezinho aponta uma criança em cada 10 mil nascimentos, muito menos que o da Orelhinha.
Portanto, o Teste da Orelhinha é algo fundamental ao bebê, já que os problemas auditivos afetam a qualidade de vida da criança, interferindo no processo da fala, entre muitas outras coisas.
É como uma bola de neve: a criança cresce e tem dificuldade em ouvir ou se expressar e, com isso, sente mais dificuldade em se socializar. Isolada por não ter fácil acesso ao grupo de amiguinhos, ela pode apresentar depressão. E por aí vai.
Para que isso não aconteça, procure o pediatra, um médico otorrinolaringologista ou uma fonoaudióloga quando houver alguma suspeita de perda auditiva no seu filho.
O teste é obrigatório por lei?
Sim. Desde o dia 2 de agosto de 2010 o exame é obrigatório e gratuito.
http://guiadobebe.uol.com.br/teste-da-orelhinha/
TESTE DO PEZINHO
ATENÇÃO: PREVENIR É O MELHOR REMÉDIO:
TRIAGEM NEONATAL
Mais bebês fazem Teste do Pezinho até o 5º dia
No Dia Nacional do Teste do Pezinho, Ministério da Saúde apresenta expansão nas doenças triadas pelo teste e no atendimento pelo país
Em 2012, 2,4 milhões de recém-nascidos realizaram o Teste do Pezinho, primeira etapa da Triagem Neonatal. Desse total, 70,1% das coletas aconteceram na faixa etária ideal, que é entre o terceiro e o quinto dia de nascido. Em 2010, essa porcentagem foi de 57,6% e em 2011, 62%. Também houve aumento na cobertura de doenças genéticas identificadas pelo exame. Em maio deste ano, houve a incorporação da Fase IV no Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN). Com isso, o PNTN passou a detectar, tratar e acompanhar mais duas doenças (hiperplasia adrenal congênita e a deficiência da biotinidase), passando de quatro (Hipotireoidismo Congênito e Fenilcetonúria, Doença Facilforme e outras Hemoglobinopatiase Fibrose Cística) para seis.
O teste do pezinho, que é obrigatório no país, foi instituído no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) em 2001 com objetivo de possibilitar a detecção precoce de pelo menos quatro doenças - hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, fibrose cística e doença falciforme. O programa abrange, além da realização dos exames e detecção de doenças, o acompanhamento e o tratamento dos pacientes, muitas vezes, durante toda a vida. “O recém-nascido com doença genética, que inicia o tratamento em até 20 dias, após o nascimento, reduz ou até evita consequências clínicas da doença, como sequelas e lesões”, destaca o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/11201/162/mais-bebes-fazem-teste-dopezinho-ate-o-5o-dia-de-nascido.html
TRIAGEM NEONATAL
Mais bebês fazem Teste do Pezinho até o 5º dia
No Dia Nacional do Teste do Pezinho, Ministério da Saúde apresenta expansão nas doenças triadas pelo teste e no atendimento pelo país
Em 2012, 2,4 milhões de recém-nascidos realizaram o Teste do Pezinho, primeira etapa da Triagem Neonatal. Desse total, 70,1% das coletas aconteceram na faixa etária ideal, que é entre o terceiro e o quinto dia de nascido. Em 2010, essa porcentagem foi de 57,6% e em 2011, 62%. Também houve aumento na cobertura de doenças genéticas identificadas pelo exame. Em maio deste ano, houve a incorporação da Fase IV no Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN). Com isso, o PNTN passou a detectar, tratar e acompanhar mais duas doenças (hiperplasia adrenal congênita e a deficiência da biotinidase), passando de quatro (Hipotireoidismo Congênito e Fenilcetonúria, Doença Facilforme e outras Hemoglobinopatiase Fibrose Cística) para seis.
O teste do pezinho, que é obrigatório no país, foi instituído no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) em 2001 com objetivo de possibilitar a detecção precoce de pelo menos quatro doenças - hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, fibrose cística e doença falciforme. O programa abrange, além da realização dos exames e detecção de doenças, o acompanhamento e o tratamento dos pacientes, muitas vezes, durante toda a vida. “O recém-nascido com doença genética, que inicia o tratamento em até 20 dias, após o nascimento, reduz ou até evita consequências clínicas da doença, como sequelas e lesões”, destaca o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/11201/162/mais-bebes-fazem-teste-dopezinho-ate-o-5o-dia-de-nascido.html
EXAMES FUNDAMENTAIS PARA A DETECÇÃO PRECOCE DE DOENÇAS
TESTE DO OLHINHO - EXAME RÁPIDO E INDOLOR, QUE CONSISTE NA IDENTIFICAÇÃO DE UM REFLEXO VERMELHO QUE APARECE QUANDO UM FEIXE DE LUZ ILUMINA O OLHO DO BEBÊ. PODE DETECTAR QUALQUER ALTERAÇÃO QUE CAUSE OBSTRUÇÃO NO EIXO VISUAL, COMO CATARATA, GLAUCOMA CONGÊNITO E OUTROS PROBLEMAS. DEVE SER REALIZADO 48 HORAS APÓS O PARTO E NO ESTADO O EXAME É OBRIGATÓTIO.
TESTE DA LINGUINHA - EXAME RECENTE QUE VERIFICA O MOVIMENTO DA LÍNGUA DA CRIANÇA E A POSIÇÃO DO FRÊNULO (PELE ABAIXO DA LÍNGUA), POR MEIO DA OBSERVAÇÃO DE COMO A CRIANÇA MAMA E DE EXAMES DE TOQUE. PODE DETECTAR LÍNGUA PRESA E O GRAU DE LIMITAÇÃO DE SEUS MOVIMENTOS, O QUE PODE AFETAR AS FUNÇÕES DE SUGAR, ENGOLIR, MASTIGAR E FALAR. DEVE SER REALIZADO NOS PRIMEIROS DIAS DE VIDA. INFELIZMENTE É OBRIGATÓRIO EM ALGUNS MUNICÍPIOS.
TESTE DO CORAÇÃOZINHO - UM APARELHO CHAMADO OXÍMETRO É COLOCADO NA MÃO E NO PÉ DO BEBÊ PARA MEDIR A CONCENTRAÇÃO DE OXIGÊNIO NO SANGUE. CONSEGUE DETECTAR ALTERAÇÕES CARDÍACAS CONGÊNITAS, COMO BURACOS ENTRE AS CÂMARAS DO CORAÇÃO E DEFEITOS NA VÁLVULA CARDÍACA. DEVE SER REALIZADO 24 HORAS APÓS O NASCIMENTO. O EXAME NÃO É OBRIGATÓRIO E SOMENTE ALGUNS HOSPITAIS DO ESTADO O FAZEM.
Fontes: neonatologista do Hospital de Clínicas Rita de Castro Silveira e coordenadora médica da UTI neonatal do Hospital Moinhos de Vento. Desiree Volkmer (Zero Hora [email protected] - 18 de março de 2013)
TESTE DO OLHINHO - EXAME RÁPIDO E INDOLOR, QUE CONSISTE NA IDENTIFICAÇÃO DE UM REFLEXO VERMELHO QUE APARECE QUANDO UM FEIXE DE LUZ ILUMINA O OLHO DO BEBÊ. PODE DETECTAR QUALQUER ALTERAÇÃO QUE CAUSE OBSTRUÇÃO NO EIXO VISUAL, COMO CATARATA, GLAUCOMA CONGÊNITO E OUTROS PROBLEMAS. DEVE SER REALIZADO 48 HORAS APÓS O PARTO E NO ESTADO O EXAME É OBRIGATÓTIO.
TESTE DA LINGUINHA - EXAME RECENTE QUE VERIFICA O MOVIMENTO DA LÍNGUA DA CRIANÇA E A POSIÇÃO DO FRÊNULO (PELE ABAIXO DA LÍNGUA), POR MEIO DA OBSERVAÇÃO DE COMO A CRIANÇA MAMA E DE EXAMES DE TOQUE. PODE DETECTAR LÍNGUA PRESA E O GRAU DE LIMITAÇÃO DE SEUS MOVIMENTOS, O QUE PODE AFETAR AS FUNÇÕES DE SUGAR, ENGOLIR, MASTIGAR E FALAR. DEVE SER REALIZADO NOS PRIMEIROS DIAS DE VIDA. INFELIZMENTE É OBRIGATÓRIO EM ALGUNS MUNICÍPIOS.
TESTE DO CORAÇÃOZINHO - UM APARELHO CHAMADO OXÍMETRO É COLOCADO NA MÃO E NO PÉ DO BEBÊ PARA MEDIR A CONCENTRAÇÃO DE OXIGÊNIO NO SANGUE. CONSEGUE DETECTAR ALTERAÇÕES CARDÍACAS CONGÊNITAS, COMO BURACOS ENTRE AS CÂMARAS DO CORAÇÃO E DEFEITOS NA VÁLVULA CARDÍACA. DEVE SER REALIZADO 24 HORAS APÓS O NASCIMENTO. O EXAME NÃO É OBRIGATÓRIO E SOMENTE ALGUNS HOSPITAIS DO ESTADO O FAZEM.
Fontes: neonatologista do Hospital de Clínicas Rita de Castro Silveira e coordenadora médica da UTI neonatal do Hospital Moinhos de Vento. Desiree Volkmer (Zero Hora [email protected] - 18 de março de 2013)
DIGA NÃO AO BULLYING NAS ESCOLAS
ATENÇÃO : FAÇA O DOWNLOAD DA CARTILHA 2010 - JUSTIÇA NAS ESCOLAS - COMBATER O BULLYING http://download.rj.gov.br/documentos/10112/157756/DLFE-59223.pdf/cartilha_webbullying.pdf
LEGISLAÇÃO QUE NOS DEFENDE DO CANCRO SOCIAL BULLYING ESCOLAR, CYBERBULLYING E ASSÉDIO MORAL.
LEIS ESTADUAIS:
Lei - 14661 de 12/01/2009 - SC
Lei - 3887 de 06/06/2010 - MS
Lei - 13474 de 28/06/2010 - RS
No âmbito Federal em 2011 o principal PLS 228/2010 foi aprovado e encaminhado à Câmara dos Deputados, estando em apreciação.
LEIS ESTADUAIS:
Lei - 14661 de 12/01/2009 - SC
Lei - 3887 de 06/06/2010 - MS
Lei - 13474 de 28/06/2010 - RS
No âmbito Federal em 2011 o principal PLS 228/2010 foi aprovado e encaminhado à Câmara dos Deputados, estando em apreciação.
DICAS DE USO DE CELULAR EM SALA E AULA
Contextualizando
Martin Cooper, da Motorolla, e o primeiro telefone celular.
USO PEDAGÓGICO DO TELEFONE MÓVEL (CELULAR)
O telefone móvel, ou celular, foi lançado em 1973, em Nova Iorque. Na época ele era gigantesco, pesava o equivalente a dúzias de celulares modernos e tinha uma área de abrangência muito restrita, além de ser analógico (*1) e não digital (*2).
Somente uma década mais tarde, em 1983, chegaria ao mercado o primeiro modelo comercialmente viável, o DynaTAC 8000x, da Motorola, pesando apenas 794,16 gramas.
Você pode encontrar um pouco da história dos celulares nos links sugeridos no final deste artigo.
O meu primeiro celular, foi um “tijolinho” da Motorola que inaugurou a linha de microcelulares, o Microtac. Na época (década de 90) ele custava caríssimo e só funcionava em uns poucos lugares “iluminados”, pois a maior parte do país ainda era uma área de sombra (*3) para a telefonia móvel incipiente de então.
Meu primeiro celular foi um Motorola Microtac. O mais leve da categoria em sua época, pesando apenas 290 gramas!
Confesso que na época eu mesmo não via nenhuma outra utilidade no telefone celular que não fosse a de poder falar de diferentes lugares com um mesmo telefone. O celular era então apenas um telefone e somente adultos dispostos a investirem uma quantia razoável, e que tivessem uma boa razão para tal, se dispunham a comprá-lo.
Hoje em dia o telefone celular é um dos aparatos tecnológicos mais comuns. Segundo pesquisa do Núcleo Gestor da Internet no Brasil, em 2008 52% da população do Brasil já possuía telefone celular. Nos grandes centros urbanos já é quase impossível encontrar alguém com mais de 14 anos que não tenha um telefone celular.
Celular moderno, com tela giratória e com capacidade para HDTV.
Os telefones celulares atuais são pequenos, leves, tem baterias duradouras, funcionam em quase todos os lugares e há muito deixaram de exercer apenas a função de telefone. Hoje em dia os telefones celulares são verdadeiras centrais multimídias computadorizadas (*4) onde se pode telefonar (Sim! Os telefones celulares ainda servem para telefonar!), ouvir rádio, mp3, assistir TV, tirar fotos, fazer filmes, gravar voz, jogar videogame, mandar e receber e-mails ou arquivos e acessar a Internet, dentre outras muitas funções.
E é justamente por serem centrais multimídias computadorizadas que os telefones celulares deixaram de ser apenas telefones e passaram a ter múltiplas finalidades. E é claro que entre os muitos usos que podemos fazer deles, alguns também podem ser pedagógicos!
Desfazendo alguns mitos
Antes de propor usos pedagógicos para o telefone móvel celular atual é preciso desfazer alguns mitos sobre a presença do celular na escola e o principal deles é o que diz que o telefone celular é desnecessário na escola e, além disso, atrapalha o andamento das aulas.
Alguns professores se queixam que os telefones celulares distraem os alunos. É verdade. Mas antes dos telefones celulares eles também se distraiam. A única diferença é que se distraiam com outras coisas; como aliás, continuam fazendo nas escolas onde os telefones celulares foram proibidos. O que causa a distração nos alunos é o desinteresse pela aula e não a existência pura e simples de um telefone celular. Exemplo claro disso é que em muitas escolas e em muitas aulas os alunos não se distraem com seus celulares, apesar de estarem com eles em suas mochilas, nos bolsos ou mesmo sobre as carteiras.
Alguns afirmam que os alunos usam celulares para colar. Bom, é provável que sim. Alunos colam sempre que estão diante de provas e atividades que permitam ou estimulem a cola. Essas provas e atividades são geralmente pobres e requerem apenas uma resposta “decorada” ou que se assinalem alternativas, coloque-se verdadeiro ou falso ou se forneça um número como resposta. Nesses casos colar é a solução mais inteligente como resposta a uma avaliação pouco inteligente. Em avaliações onde o aluno precisa pensar, construir respostas próprias ou realizar “ações”, praticamente não há como colar, nem com celular, nem sem celular. Além disso, como todo professor sabe muito bem, a “tecnologia da cola” é muito anterior à do celular.
Se proibirmos o uso de cadernos acabaremos com os aviõezinhos de papel na classe?
Há quem diga que os alunos usam os telefones celulares para, propositalmente “zoarem” nas aulas, com o professor ou com os colegas. É verdade! E eles também zoariam nessas mesmas aulas sem os celulares: jogando aviõezinhos, bolinhas de papel, fazendo piadinhas e outras milhares de traquinagens possíveis. Não é o celular que incentiva o aluno à indisciplina e sim o desejo dele de confrontar o professor. A solução para esses casos não tem nenhuma relação com o telefone celular, assim como não tem nenhuma relação com os aviõezinhos de papel (ou também proibiremos os alunos de trazerem cadernos na escola porque eles tiram folhas e fazem aviõezinhos de papel?).
Assim como se argumenta que a Internet permite que os alunos tenham acesso a materiais impróprios e façam uso indevido dela, também há quem diga que os telefones celulares permitem uma série de “violações” às regras e normas éticas e morais. Na verdade também nunca foi preciso ter telefone celular para violar essas regras e a escola serve, entre outras coisas, para ajudar na formação ética e moral de seus alunos, e isso não se faz com imposição, omissão ou simples proibição. Ética e valores são conteúdos transdiciplinares que devem estar presentes sempre, inclusive ao lidarmos com as novas tecnologias.
Também se argumenta que é constrangedor para os alunos que não têm celular conviverem com outros que os têm. Provavelmente também seja verdade, mas também é igualmente verdadeiro para os tênis que eles usam, para a calça jeans, para o caderno de capa dura, para o estojo, para o relógio, etc., etc. Na escola temos que aprender, todos nós, a conviver com as diferenças e compreender a realidade que as produz. Não podemos simplesmente decretar que todos usem as mesmas roupas (apesar da exigência de uniformes em algumas escolas), que tenham os mesmos materiais escolares, que façam uso do mesmo vocabulário, dos mesmos brinquedos e principalmente, que tenham as mesmas ideias.
Enfim, todos os argumentos que costumo ouvir defendendo a proibição dos celulares nas escolas são argumentos pouco refletidos, onde os problemas reais que são apontados dizem respeito à forma de gestão de aula do professor ou a maneira como a própria escola idealiza o aluno e não ao aparelho de telefone celular propriamente dito. Antes do telefone celular esses mesmos argumentos eram usados para proibir o walkman, o baralho de cartas, os jogos de tabuleiro, as revistas, o rádio de pilhas, a calculadora, etc. etc. Na verdade às vezes eu tenho a impressão de que alguns professores gostariam que seus alunos ficassem nus, amarrados às carteiras e com uma mordaça na boca.
Além desses todos, também há um argumento bastante recorrente para justificar a proibição dos celulares na escola: eles não ajudam o professor em nada, então para que permiti-los? Vamos refletir um pouco mais sobre isso?
· Você, professor, já usou um rádio, rádio-gravador ou um aparelho de reproduzir sons em sala de aula?
· Já usou alguma vez uma calculadora, em alguma aula?
· Já usou uma TV, um videocassete ou um DVD em alguma atividade?
· Já manteve contato com os alunos por e-mail, pela Internet ou por outro dispositivo que permita comunicação à distância?
· Já fez alguma atividade onde fosse necessário tirar fotos ou gravar um filme?
· Já propôs alguma entrevista que fosse gravada e depois transcrita?
· Já usou jogos eletrônicos (videogames) com seus alunos?
· Costuma comunicar datas de provas e de entregas de trabalho para seus alunos e pede que eles anotem?
· Já pediu alguma vez aos seus alunos que copiassem suas anotações feitas na lousa?
· Já lhes disse alguma vez: “Preste muita atenção na explicação que vou dar agora!” ou algo semelhante a isso?
· Já consultou a hora para saber quanto falta para o término da aula ou já usou um cronômetro para lhe avisar quando faltarem cinco minutos para o final da sua aula?
Bom, se você já fez pelo menos uma das atividades ou ações descritas acima, então saiba que ela poderia ter sido feita de forma equivalente com o uso de telefones celulares modernos e, não raro, de forma até bem mais eficaz!
Usando o celular na escola
Vou contar uma breve historinha:
O MEC envia livros para as escolas, mas nem sempre há livros para todos. Em 2009 deparei-me com uma situação destas, em que uma classe ficou sem livros e foi necessário então compartilhar os livros entre duas classes. Porém isso impedia os alunos de levarem os livros para casa para poderem estudar… O que fazer?
Em outros tempos eu pediria aos alunos que copiassem as partes mais importantes do livro usadas em cada aula e diríamos que isso era a “matéria para ser estudada”. Isso demanda muito tempo de aula gasto inutilmente, pois não temos esse tempo disponível, temos? Além disso, a menos que o objetivo da aula seja treinar caligrafia ou chatear os alunos, fazer cópias de livros e mesmo da lousa é algo realmente “inútil”. Também existe a possibilidade de fotocopiarmos algumas páginas, mas isso tem um custo com o qual poucas escolas públicas podem arcar.
Mas não precisamos mais fazer nada disso. Agora basta pedir aos alunos que peguem seus celulares e FOTOGRAFEM as páginas importantes do livro! E foi justamente isso que os alunos fizeram.
O Celular como ferramenta de registro
O mesmo vale para a lousa e mesmo para as pesquisas bibliográficas na biblioteca. Quando algum aluno me pergunta hoje em dia se precisa copiar minhas anotações da lousa, eu logo lhe recomendo que faça algo mais inteligente: fotografe a lousa! E eles fazem!
Essa brevíssima historinha, que é apenas uma dentre muitas, já me permite então listar algumas sugestões para o uso pedagógico dos telefones móveis celulares modernos em sala de aula e fora dela:
1. Se você em algum momento faz cálculos em suas aulas e solicita que os alunos os façam, e a menos que por alguma boa razão eles devam fazer esses cálculos com algoritmos específicos e usando papel e lápis, então considere fortemente a possibilidade de usar os celulares como calculadoras. Além disso, se você é professor de matemática e quer ensinar seus alunos como resolver expressões aritméticas obedecendo as regras de precedência de operadores, considere que o uso de calculadoras, e portanto celulares, consiste em um método bastante eficaz de fazê-lo, pois as máquinas seguem a ordem que nós determinamos para as operações; o telefone celular é uma calculadora também;
2. Se você marca datas de provas, entregas de trabalho ou outras datas que considera importante que os alunos se lembrem, peça-lhes que anotem essas datas. Não no caderno, mas sim na agenda do celular! Eles andam com o celular no bolso o tempo todo e só estão perto do caderno quando estão na escola, confere? O telefone celular é uma agenda que tem até mecanismo de alerta;
3. Já é possível criar um serviço de envio de mensagens de aviso por e-mail ou via torpedos. Pelo celular é possível receber atualizações de sites, blogs e até mesmo de mensagens do Twitter, bem como fazer o caminho oposto. Se quiser dar um passo adiante você pode criar um serviço desses e disponibilizar para seus alunos; o telefone celular também é um serviço de leitura de notícias e de publicação de notícias;
4. Os celulares atuais gravam sons, imagens (fotos) e ambos (filmes). Todos esses recursos servem para “registro”. Permita, e mesmo incentive, que seus alunos fotografem sua lousa ao invés de copiá-la no caderno. Isso lhes permite prestar atenção em você, enquanto você fala e escreve, ao invés de repartirem a atenção entre o que você diz e o que eles estão copiando nos cadernos. O mesmo vale para as suas explicações importantes que podem ser gravadas como sons ou como filmes. Imagine o quanto é mais interessante para o aluno “assisti-lo” ou mesmo “ouvi-lo” na hora de estudar do que apenas conferir anotações, nem sempre fiéis, feitas nos cadernos! Use, você mesmo, esses recursos para registrar atividades feitas com os alunos; o telefone celular é uma câmera fotográfica digital, uma filmadora digital e um rádio-gravador digital;
5. Proponha o uso dos celulares como ferramentas para os alunos desenvolverem seus trabalhos. Como foi dito acima, com o celular eles dispõem de gravador de voz, imagem e vídeo, muito embora eles mesmos não tenham o hábito de registrar suas atividades. Isso é o que chamamos de “making-off” das atividades e, ao fim e ao cabo, é esse o único registro que nos interessa e não o resultado final da atividade. Por exemplo, se eles têm que confeccionar uma maquete, porque não fotografar todas as etapas e depois transformar isso em um filme (animação) que pode ser incluído como parte da própria atividade? O telefone celular é uma ferramenta de registro, edição e publicação.
Siemens SK65 – celular ou computador?
Há uma infinidade de possibilidades de uso pedagógico dos telefones celulares modernos em sala de aula e fora dela. Quais lhe interessam? Isso certamente depende da forma como você, professor, usa a tecnologia para si mesmo, em suas aulas e com os seus alunos. Quem não vê nenhum uso pedagógico para o rádio, a televisão, a máquina fotográfica, a filmadora, o gravador, a calculadora, a agenda, etc., então também não verá nenhuma utilidade para o celular, pois é isso que ele representa hoje em dia: não é mais um simples telefone, o celular é uma central de multimídia computadorizada.
Eles têm, eles trazem e eles usam… Porque não?
À propósito, sempre foi muito comum a falta de recursos tecnológicos nas escolas, principalmente nas escolas públicas. Com o telefone celular passamos a ter muitos desses recursos disponíveis não apenas pela escola, mas também pelos alunos! Isso deveria ser comemorado, mesmo que não concordemos que os alunos prefiram ganhar celulares dos seus pais do que enciclopédias, pois com os celulares eles também ganham diversas possibilidades de aprendizagem que antes não tinham porque a própria escola não dispunha desses recursos. Isso é fascinante, não é?
Alguns cuidados finais
Porém, antes de sair por aí reformulando todas as suas práticas e instituindo a obrigatoriedade do uso do telefone celular na escola, tenha em mente que ainda temos muitos alunos que não têm telefone celular ou que têm telefones celulares que não dispõem de todos os recursos mencionados aqui. Além disso, em alguns estados e municípios (e há uma lei tramitando com validade para o país todo) o celular é proibido na escola. Portanto, é preciso sempre:
· propor atividades que envolvam o uso de celulares para grupos de alunos em que pelo menos um aluno do grupo disponha do celular com o recurso que será utilizado;
· permitir que os alunos aprendam a usar o recurso antes de propô-lo como parte de uma atividade. Geralmente os alunos dominam os celulares melhor do que seus professores e aprendem rápido a usá-lo, por isso é uma boa ideia “deixar que eles mesmos ensinem e aprendam a usar o recurso entre eles mesmos” (e aproveite para aprender também!);
· discutir as questões éticas e morais envolvidas no uso de imagens e registros, bem como o uso indevido dos celulares e de outros equipamentos de mídia;
· estabelecer claramente no planejamento da sua atividade, e descrever em detalhes no seu planejamento de aula, os objetivos do uso do celular nas atividades propostas. Haverá sempre alguém para se indignar com o fato do celular estar sendo usado na sua aula, infelizmente;
· e, por último, estabelecer claramente as regras de uso dos celulares na escola de maneira geral e, em particular, durante as aulas em que não estarão usando o celular “como parte da aula”, da mesma forma como estabelecemos as regras para o uso do baralho, dos jogos de tabuleiro, dos aviõezinhos de papel e de todo o resto.
Veja que não é difícil negociar o que pode e o que não pode, quando se deve e quando não se deve usar o celular. Fazemos isso da mesma forma como estabelecemos outras regras de convivência na escola. Os conflitos mais comuns que surgem nas salas de aula devem-se justamente à falta de uma definição clara desses acordos e da crença em pressupostos perigosos, como o de que o aluno “deve saber naturalmente o que é certo e o que é errado”.
Também é importante discutir com os alunos os limites éticos e morais do uso do celular, e de outros instrumentos tecnológicos modernos, fora da escola. O celular é parte do cotidiano deles e ensiná-los a usá-lo com sabedoria é também parte da nossa tarefa como educadores. E esta é mais uma boa razão para usar os celulares na escola como ferramentas pedagógicas, pois com isso somos naturalmente levados ao contexto do seu uso responsável e podemos desempenhar nosso papel de educadores de forma natural.
Glossário:
(*1) Sinal Analógico: sinal contínuo que varia com o tempo. A informação é transmitida por meio dessas variações.
(*2) Sinal Digital: sinal transmitido da forma de “zero” e “um”, ou seja, a informação é transmitida na forma binária.
(*3) Área de sombra: região onde os telefones celulares não conseguem conexão com nenhuma torre de transmissão e, portanto, não funcionam.
(*4) Central multimídia computadorizada: este termo esta sendo usado aqui para descrever um aparato que disponibiliza diversas mídias (texto, rádio, TC, etc.) de maneira digital, isto é, controlada por um processador (computador).
Sugestão de outros textos disponíveis na Internet:
· TICs, telefones celulares e a escolassaura: post mais recente tratando do mesmo tema.
· Pelo celular… Lá na escola!: um ótimo texto publicado no Portal Educarede.
· As 1001 utilidades de um celular: outro ótimo texto publicado no Portal Educarede.
· Museu do Telefone: museu da Fundação Telefônica
· Sobre a proibição do uso do celular nas escolas: matéria da Folha Online
· Um exemplo de uso em um projeto do Educarede: O celular integrado às atividades do Minha Terra
· A história do celular (com imagens): matéria publicada no IDG Now! (De onde também retirei algumas imagens que ilustram esse artigo)
· Oito maneiras de usar a câmera digital do celular para fins educacionais: artigo em inglês
· Dez maneiras de usar o telefone celular em aulas de línguas: artigo em inglês
· Celular abre espaço no ensino a distância: Artigo do Jornal da Ciência abordando o uso de celulares em EAD
· Imagens e práticas pedagógicas no cotidiano das escolas: o celular nas classes de alfabetização: Revista TEIAS: Rio de Janeiro, ano 8, nº 15-16, jan/dez 2007
· O uso do celular na adolescência e sua relação com a família e grupo de amigos: tese de mestrado em psicologia social e da personalidade; traz estatísticas recentes e mostra a brangência do impacto do uso do celular entre adolescentes urbanos
· Mobile learning: teaching and learning with mobile phones and Podcasts: Artigo da professora Adelina Moura, da Universidade no Minho (Portugal) abordando uma experiência de uso dos celulares para a criação de podcasts com alunos (em inglês)
· Mobile learning with cell phones and mobile Flickr: One experience in a secondary school: Artigo da professora Adelina Moura, da Universidade no Minho (Portugal) descrevendo uma experiência de uso dos celulares e da galeria de imagens Flickr (Yahoo) em uma atividade de pesquisa com alunos de uma escola secundária (em inglês)
· Geração Móvel: um ambiente de aprendizagem suportado por tecnologias móveis para a “Geração Polegar”: Artigo da professora Adelina Moura, da Universidade no Minho (Portugal) tratando do uso dos celulares de maneira geral e de ambientes virtuais de aprendizagem que suportam o uso de celulares
· O Telemóvel para ouvir e gravar Podcasts: exemplos no Ensino
Secundário: Artigo da professora Adelina Moura, da Universidade no Minho (Portugal) descrevendo uma experiência de uso de celulares e podcasts entre alunos de uma escola secundária com foco em atividades que usam os podcasts como forma de complementar as aulas presenciais
· Peddy-paper literário mediado por telemóvel: Artigo da professora Adelina Moura, da Universidade no Minho (Portugal) descrevendo uma atividade com o uso de celulares e a estratégia de peddy-paper.
· Mobile Study: Uma ferramenta web 2.0 que permite a criação de “quiz” (teste) que pode ser baixado por celulares. É tão simples que qualquer criança consegue fazer (veja esse exemplo que eu mesmo acabo de fazer). O professor Suintila tem usado esse recurso em suas aulas de física para o Ensino Médio (veja em seu blog).
(*) Para citar esse artigo (ABNT, NBR 6023):
ANTONIO, José Carlos. Uso pedagógico do telefone móvel (Celular),Professor Digital, SBO, 13 jan. 2010. Disponível em: <http://professordigital.wordpress.com/2010/01/13/uso-pedagogico-do-telefone-movel-celular/>
Contextualizando
Martin Cooper, da Motorolla, e o primeiro telefone celular.
USO PEDAGÓGICO DO TELEFONE MÓVEL (CELULAR)
O telefone móvel, ou celular, foi lançado em 1973, em Nova Iorque. Na época ele era gigantesco, pesava o equivalente a dúzias de celulares modernos e tinha uma área de abrangência muito restrita, além de ser analógico (*1) e não digital (*2).
Somente uma década mais tarde, em 1983, chegaria ao mercado o primeiro modelo comercialmente viável, o DynaTAC 8000x, da Motorola, pesando apenas 794,16 gramas.
Você pode encontrar um pouco da história dos celulares nos links sugeridos no final deste artigo.
O meu primeiro celular, foi um “tijolinho” da Motorola que inaugurou a linha de microcelulares, o Microtac. Na época (década de 90) ele custava caríssimo e só funcionava em uns poucos lugares “iluminados”, pois a maior parte do país ainda era uma área de sombra (*3) para a telefonia móvel incipiente de então.
Meu primeiro celular foi um Motorola Microtac. O mais leve da categoria em sua época, pesando apenas 290 gramas!
Confesso que na época eu mesmo não via nenhuma outra utilidade no telefone celular que não fosse a de poder falar de diferentes lugares com um mesmo telefone. O celular era então apenas um telefone e somente adultos dispostos a investirem uma quantia razoável, e que tivessem uma boa razão para tal, se dispunham a comprá-lo.
Hoje em dia o telefone celular é um dos aparatos tecnológicos mais comuns. Segundo pesquisa do Núcleo Gestor da Internet no Brasil, em 2008 52% da população do Brasil já possuía telefone celular. Nos grandes centros urbanos já é quase impossível encontrar alguém com mais de 14 anos que não tenha um telefone celular.
Celular moderno, com tela giratória e com capacidade para HDTV.
Os telefones celulares atuais são pequenos, leves, tem baterias duradouras, funcionam em quase todos os lugares e há muito deixaram de exercer apenas a função de telefone. Hoje em dia os telefones celulares são verdadeiras centrais multimídias computadorizadas (*4) onde se pode telefonar (Sim! Os telefones celulares ainda servem para telefonar!), ouvir rádio, mp3, assistir TV, tirar fotos, fazer filmes, gravar voz, jogar videogame, mandar e receber e-mails ou arquivos e acessar a Internet, dentre outras muitas funções.
E é justamente por serem centrais multimídias computadorizadas que os telefones celulares deixaram de ser apenas telefones e passaram a ter múltiplas finalidades. E é claro que entre os muitos usos que podemos fazer deles, alguns também podem ser pedagógicos!
Desfazendo alguns mitos
Antes de propor usos pedagógicos para o telefone móvel celular atual é preciso desfazer alguns mitos sobre a presença do celular na escola e o principal deles é o que diz que o telefone celular é desnecessário na escola e, além disso, atrapalha o andamento das aulas.
Alguns professores se queixam que os telefones celulares distraem os alunos. É verdade. Mas antes dos telefones celulares eles também se distraiam. A única diferença é que se distraiam com outras coisas; como aliás, continuam fazendo nas escolas onde os telefones celulares foram proibidos. O que causa a distração nos alunos é o desinteresse pela aula e não a existência pura e simples de um telefone celular. Exemplo claro disso é que em muitas escolas e em muitas aulas os alunos não se distraem com seus celulares, apesar de estarem com eles em suas mochilas, nos bolsos ou mesmo sobre as carteiras.
Alguns afirmam que os alunos usam celulares para colar. Bom, é provável que sim. Alunos colam sempre que estão diante de provas e atividades que permitam ou estimulem a cola. Essas provas e atividades são geralmente pobres e requerem apenas uma resposta “decorada” ou que se assinalem alternativas, coloque-se verdadeiro ou falso ou se forneça um número como resposta. Nesses casos colar é a solução mais inteligente como resposta a uma avaliação pouco inteligente. Em avaliações onde o aluno precisa pensar, construir respostas próprias ou realizar “ações”, praticamente não há como colar, nem com celular, nem sem celular. Além disso, como todo professor sabe muito bem, a “tecnologia da cola” é muito anterior à do celular.
Se proibirmos o uso de cadernos acabaremos com os aviõezinhos de papel na classe?
Há quem diga que os alunos usam os telefones celulares para, propositalmente “zoarem” nas aulas, com o professor ou com os colegas. É verdade! E eles também zoariam nessas mesmas aulas sem os celulares: jogando aviõezinhos, bolinhas de papel, fazendo piadinhas e outras milhares de traquinagens possíveis. Não é o celular que incentiva o aluno à indisciplina e sim o desejo dele de confrontar o professor. A solução para esses casos não tem nenhuma relação com o telefone celular, assim como não tem nenhuma relação com os aviõezinhos de papel (ou também proibiremos os alunos de trazerem cadernos na escola porque eles tiram folhas e fazem aviõezinhos de papel?).
Assim como se argumenta que a Internet permite que os alunos tenham acesso a materiais impróprios e façam uso indevido dela, também há quem diga que os telefones celulares permitem uma série de “violações” às regras e normas éticas e morais. Na verdade também nunca foi preciso ter telefone celular para violar essas regras e a escola serve, entre outras coisas, para ajudar na formação ética e moral de seus alunos, e isso não se faz com imposição, omissão ou simples proibição. Ética e valores são conteúdos transdiciplinares que devem estar presentes sempre, inclusive ao lidarmos com as novas tecnologias.
Também se argumenta que é constrangedor para os alunos que não têm celular conviverem com outros que os têm. Provavelmente também seja verdade, mas também é igualmente verdadeiro para os tênis que eles usam, para a calça jeans, para o caderno de capa dura, para o estojo, para o relógio, etc., etc. Na escola temos que aprender, todos nós, a conviver com as diferenças e compreender a realidade que as produz. Não podemos simplesmente decretar que todos usem as mesmas roupas (apesar da exigência de uniformes em algumas escolas), que tenham os mesmos materiais escolares, que façam uso do mesmo vocabulário, dos mesmos brinquedos e principalmente, que tenham as mesmas ideias.
Enfim, todos os argumentos que costumo ouvir defendendo a proibição dos celulares nas escolas são argumentos pouco refletidos, onde os problemas reais que são apontados dizem respeito à forma de gestão de aula do professor ou a maneira como a própria escola idealiza o aluno e não ao aparelho de telefone celular propriamente dito. Antes do telefone celular esses mesmos argumentos eram usados para proibir o walkman, o baralho de cartas, os jogos de tabuleiro, as revistas, o rádio de pilhas, a calculadora, etc. etc. Na verdade às vezes eu tenho a impressão de que alguns professores gostariam que seus alunos ficassem nus, amarrados às carteiras e com uma mordaça na boca.
Além desses todos, também há um argumento bastante recorrente para justificar a proibição dos celulares na escola: eles não ajudam o professor em nada, então para que permiti-los? Vamos refletir um pouco mais sobre isso?
· Você, professor, já usou um rádio, rádio-gravador ou um aparelho de reproduzir sons em sala de aula?
· Já usou alguma vez uma calculadora, em alguma aula?
· Já usou uma TV, um videocassete ou um DVD em alguma atividade?
· Já manteve contato com os alunos por e-mail, pela Internet ou por outro dispositivo que permita comunicação à distância?
· Já fez alguma atividade onde fosse necessário tirar fotos ou gravar um filme?
· Já propôs alguma entrevista que fosse gravada e depois transcrita?
· Já usou jogos eletrônicos (videogames) com seus alunos?
· Costuma comunicar datas de provas e de entregas de trabalho para seus alunos e pede que eles anotem?
· Já pediu alguma vez aos seus alunos que copiassem suas anotações feitas na lousa?
· Já lhes disse alguma vez: “Preste muita atenção na explicação que vou dar agora!” ou algo semelhante a isso?
· Já consultou a hora para saber quanto falta para o término da aula ou já usou um cronômetro para lhe avisar quando faltarem cinco minutos para o final da sua aula?
Bom, se você já fez pelo menos uma das atividades ou ações descritas acima, então saiba que ela poderia ter sido feita de forma equivalente com o uso de telefones celulares modernos e, não raro, de forma até bem mais eficaz!
Usando o celular na escola
Vou contar uma breve historinha:
O MEC envia livros para as escolas, mas nem sempre há livros para todos. Em 2009 deparei-me com uma situação destas, em que uma classe ficou sem livros e foi necessário então compartilhar os livros entre duas classes. Porém isso impedia os alunos de levarem os livros para casa para poderem estudar… O que fazer?
Em outros tempos eu pediria aos alunos que copiassem as partes mais importantes do livro usadas em cada aula e diríamos que isso era a “matéria para ser estudada”. Isso demanda muito tempo de aula gasto inutilmente, pois não temos esse tempo disponível, temos? Além disso, a menos que o objetivo da aula seja treinar caligrafia ou chatear os alunos, fazer cópias de livros e mesmo da lousa é algo realmente “inútil”. Também existe a possibilidade de fotocopiarmos algumas páginas, mas isso tem um custo com o qual poucas escolas públicas podem arcar.
Mas não precisamos mais fazer nada disso. Agora basta pedir aos alunos que peguem seus celulares e FOTOGRAFEM as páginas importantes do livro! E foi justamente isso que os alunos fizeram.
O Celular como ferramenta de registro
O mesmo vale para a lousa e mesmo para as pesquisas bibliográficas na biblioteca. Quando algum aluno me pergunta hoje em dia se precisa copiar minhas anotações da lousa, eu logo lhe recomendo que faça algo mais inteligente: fotografe a lousa! E eles fazem!
Essa brevíssima historinha, que é apenas uma dentre muitas, já me permite então listar algumas sugestões para o uso pedagógico dos telefones móveis celulares modernos em sala de aula e fora dela:
1. Se você em algum momento faz cálculos em suas aulas e solicita que os alunos os façam, e a menos que por alguma boa razão eles devam fazer esses cálculos com algoritmos específicos e usando papel e lápis, então considere fortemente a possibilidade de usar os celulares como calculadoras. Além disso, se você é professor de matemática e quer ensinar seus alunos como resolver expressões aritméticas obedecendo as regras de precedência de operadores, considere que o uso de calculadoras, e portanto celulares, consiste em um método bastante eficaz de fazê-lo, pois as máquinas seguem a ordem que nós determinamos para as operações; o telefone celular é uma calculadora também;
2. Se você marca datas de provas, entregas de trabalho ou outras datas que considera importante que os alunos se lembrem, peça-lhes que anotem essas datas. Não no caderno, mas sim na agenda do celular! Eles andam com o celular no bolso o tempo todo e só estão perto do caderno quando estão na escola, confere? O telefone celular é uma agenda que tem até mecanismo de alerta;
3. Já é possível criar um serviço de envio de mensagens de aviso por e-mail ou via torpedos. Pelo celular é possível receber atualizações de sites, blogs e até mesmo de mensagens do Twitter, bem como fazer o caminho oposto. Se quiser dar um passo adiante você pode criar um serviço desses e disponibilizar para seus alunos; o telefone celular também é um serviço de leitura de notícias e de publicação de notícias;
4. Os celulares atuais gravam sons, imagens (fotos) e ambos (filmes). Todos esses recursos servem para “registro”. Permita, e mesmo incentive, que seus alunos fotografem sua lousa ao invés de copiá-la no caderno. Isso lhes permite prestar atenção em você, enquanto você fala e escreve, ao invés de repartirem a atenção entre o que você diz e o que eles estão copiando nos cadernos. O mesmo vale para as suas explicações importantes que podem ser gravadas como sons ou como filmes. Imagine o quanto é mais interessante para o aluno “assisti-lo” ou mesmo “ouvi-lo” na hora de estudar do que apenas conferir anotações, nem sempre fiéis, feitas nos cadernos! Use, você mesmo, esses recursos para registrar atividades feitas com os alunos; o telefone celular é uma câmera fotográfica digital, uma filmadora digital e um rádio-gravador digital;
5. Proponha o uso dos celulares como ferramentas para os alunos desenvolverem seus trabalhos. Como foi dito acima, com o celular eles dispõem de gravador de voz, imagem e vídeo, muito embora eles mesmos não tenham o hábito de registrar suas atividades. Isso é o que chamamos de “making-off” das atividades e, ao fim e ao cabo, é esse o único registro que nos interessa e não o resultado final da atividade. Por exemplo, se eles têm que confeccionar uma maquete, porque não fotografar todas as etapas e depois transformar isso em um filme (animação) que pode ser incluído como parte da própria atividade? O telefone celular é uma ferramenta de registro, edição e publicação.
Siemens SK65 – celular ou computador?
Há uma infinidade de possibilidades de uso pedagógico dos telefones celulares modernos em sala de aula e fora dela. Quais lhe interessam? Isso certamente depende da forma como você, professor, usa a tecnologia para si mesmo, em suas aulas e com os seus alunos. Quem não vê nenhum uso pedagógico para o rádio, a televisão, a máquina fotográfica, a filmadora, o gravador, a calculadora, a agenda, etc., então também não verá nenhuma utilidade para o celular, pois é isso que ele representa hoje em dia: não é mais um simples telefone, o celular é uma central de multimídia computadorizada.
Eles têm, eles trazem e eles usam… Porque não?
À propósito, sempre foi muito comum a falta de recursos tecnológicos nas escolas, principalmente nas escolas públicas. Com o telefone celular passamos a ter muitos desses recursos disponíveis não apenas pela escola, mas também pelos alunos! Isso deveria ser comemorado, mesmo que não concordemos que os alunos prefiram ganhar celulares dos seus pais do que enciclopédias, pois com os celulares eles também ganham diversas possibilidades de aprendizagem que antes não tinham porque a própria escola não dispunha desses recursos. Isso é fascinante, não é?
Alguns cuidados finais
Porém, antes de sair por aí reformulando todas as suas práticas e instituindo a obrigatoriedade do uso do telefone celular na escola, tenha em mente que ainda temos muitos alunos que não têm telefone celular ou que têm telefones celulares que não dispõem de todos os recursos mencionados aqui. Além disso, em alguns estados e municípios (e há uma lei tramitando com validade para o país todo) o celular é proibido na escola. Portanto, é preciso sempre:
· propor atividades que envolvam o uso de celulares para grupos de alunos em que pelo menos um aluno do grupo disponha do celular com o recurso que será utilizado;
· permitir que os alunos aprendam a usar o recurso antes de propô-lo como parte de uma atividade. Geralmente os alunos dominam os celulares melhor do que seus professores e aprendem rápido a usá-lo, por isso é uma boa ideia “deixar que eles mesmos ensinem e aprendam a usar o recurso entre eles mesmos” (e aproveite para aprender também!);
· discutir as questões éticas e morais envolvidas no uso de imagens e registros, bem como o uso indevido dos celulares e de outros equipamentos de mídia;
· estabelecer claramente no planejamento da sua atividade, e descrever em detalhes no seu planejamento de aula, os objetivos do uso do celular nas atividades propostas. Haverá sempre alguém para se indignar com o fato do celular estar sendo usado na sua aula, infelizmente;
· e, por último, estabelecer claramente as regras de uso dos celulares na escola de maneira geral e, em particular, durante as aulas em que não estarão usando o celular “como parte da aula”, da mesma forma como estabelecemos as regras para o uso do baralho, dos jogos de tabuleiro, dos aviõezinhos de papel e de todo o resto.
Veja que não é difícil negociar o que pode e o que não pode, quando se deve e quando não se deve usar o celular. Fazemos isso da mesma forma como estabelecemos outras regras de convivência na escola. Os conflitos mais comuns que surgem nas salas de aula devem-se justamente à falta de uma definição clara desses acordos e da crença em pressupostos perigosos, como o de que o aluno “deve saber naturalmente o que é certo e o que é errado”.
Também é importante discutir com os alunos os limites éticos e morais do uso do celular, e de outros instrumentos tecnológicos modernos, fora da escola. O celular é parte do cotidiano deles e ensiná-los a usá-lo com sabedoria é também parte da nossa tarefa como educadores. E esta é mais uma boa razão para usar os celulares na escola como ferramentas pedagógicas, pois com isso somos naturalmente levados ao contexto do seu uso responsável e podemos desempenhar nosso papel de educadores de forma natural.
Glossário:
(*1) Sinal Analógico: sinal contínuo que varia com o tempo. A informação é transmitida por meio dessas variações.
(*2) Sinal Digital: sinal transmitido da forma de “zero” e “um”, ou seja, a informação é transmitida na forma binária.
(*3) Área de sombra: região onde os telefones celulares não conseguem conexão com nenhuma torre de transmissão e, portanto, não funcionam.
(*4) Central multimídia computadorizada: este termo esta sendo usado aqui para descrever um aparato que disponibiliza diversas mídias (texto, rádio, TC, etc.) de maneira digital, isto é, controlada por um processador (computador).
Sugestão de outros textos disponíveis na Internet:
· TICs, telefones celulares e a escolassaura: post mais recente tratando do mesmo tema.
· Pelo celular… Lá na escola!: um ótimo texto publicado no Portal Educarede.
· As 1001 utilidades de um celular: outro ótimo texto publicado no Portal Educarede.
· Museu do Telefone: museu da Fundação Telefônica
· Sobre a proibição do uso do celular nas escolas: matéria da Folha Online
· Um exemplo de uso em um projeto do Educarede: O celular integrado às atividades do Minha Terra
· A história do celular (com imagens): matéria publicada no IDG Now! (De onde também retirei algumas imagens que ilustram esse artigo)
· Oito maneiras de usar a câmera digital do celular para fins educacionais: artigo em inglês
· Dez maneiras de usar o telefone celular em aulas de línguas: artigo em inglês
· Celular abre espaço no ensino a distância: Artigo do Jornal da Ciência abordando o uso de celulares em EAD
· Imagens e práticas pedagógicas no cotidiano das escolas: o celular nas classes de alfabetização: Revista TEIAS: Rio de Janeiro, ano 8, nº 15-16, jan/dez 2007
· O uso do celular na adolescência e sua relação com a família e grupo de amigos: tese de mestrado em psicologia social e da personalidade; traz estatísticas recentes e mostra a brangência do impacto do uso do celular entre adolescentes urbanos
· Mobile learning: teaching and learning with mobile phones and Podcasts: Artigo da professora Adelina Moura, da Universidade no Minho (Portugal) abordando uma experiência de uso dos celulares para a criação de podcasts com alunos (em inglês)
· Mobile learning with cell phones and mobile Flickr: One experience in a secondary school: Artigo da professora Adelina Moura, da Universidade no Minho (Portugal) descrevendo uma experiência de uso dos celulares e da galeria de imagens Flickr (Yahoo) em uma atividade de pesquisa com alunos de uma escola secundária (em inglês)
· Geração Móvel: um ambiente de aprendizagem suportado por tecnologias móveis para a “Geração Polegar”: Artigo da professora Adelina Moura, da Universidade no Minho (Portugal) tratando do uso dos celulares de maneira geral e de ambientes virtuais de aprendizagem que suportam o uso de celulares
· O Telemóvel para ouvir e gravar Podcasts: exemplos no Ensino
Secundário: Artigo da professora Adelina Moura, da Universidade no Minho (Portugal) descrevendo uma experiência de uso de celulares e podcasts entre alunos de uma escola secundária com foco em atividades que usam os podcasts como forma de complementar as aulas presenciais
· Peddy-paper literário mediado por telemóvel: Artigo da professora Adelina Moura, da Universidade no Minho (Portugal) descrevendo uma atividade com o uso de celulares e a estratégia de peddy-paper.
· Mobile Study: Uma ferramenta web 2.0 que permite a criação de “quiz” (teste) que pode ser baixado por celulares. É tão simples que qualquer criança consegue fazer (veja esse exemplo que eu mesmo acabo de fazer). O professor Suintila tem usado esse recurso em suas aulas de física para o Ensino Médio (veja em seu blog).
(*) Para citar esse artigo (ABNT, NBR 6023):
ANTONIO, José Carlos. Uso pedagógico do telefone móvel (Celular),Professor Digital, SBO, 13 jan. 2010. Disponível em: <http://professordigital.wordpress.com/2010/01/13/uso-pedagogico-do-telefone-movel-celular/>
FOTOS E IMAGENS RETIRADAS DE DOMÍNIO PÚBLICO