A SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO E A GESTÃO EDUCACIONAL NA FORMAÇÃO DO PEDAGOGO
Rizovaldo Costa Miranda – Pedagogo- AEE
Desde a antiguidade a prática educacional vem acompanhando a evolução da humanidade. Porém, na Grécia temos uma análise mais profunda do termo Paidéia. Entendida como a formação da criança para a vida. Desse modo, temos uma solidificação metodológica do sentido etimológico da palavra pedagogia, como meio, caminho, ou seja, a condução da criança. Giovanni Genovesi, por sua vez, registrou: “A pedagogia é ciência autônoma porque tem uma linguagem própria, tendo consciência de usá-la segundo um método próprio e segundo os próprios fins e, por meio dela, gera um corpo de conhecimentos, uma série de experimentações e de técnicas sem o que lhe seria impossível qualquer construção de modelos educativos”. (1999, p.79-80).
No âmbito das questões educacionais, até o século XX o tema gerava em torno da preocupação em formar indivíduos aptos a exercer os cargos oferecidos pelo governo às elites. Somente após o ano de 1920 surge o sistema educacional nacional. O mesmo oferecia educação universal, laica, gratuita e obrigatória. Seu objetivo era propiciar uma educação básica, dando condições aos brasileiros de exercerem funções laborais à industrialização do Brasil.
Émile Durkheim o primeiro a cunhar o termo sociologia, e ter postulado a definição do objeto e método sociológico da nova ciência, a incluiu nos currículos acadêmicos. Quanto ao papel da Sociologia da Educação, diversos autores (TURA, 2001; SILVA, 2003; SOUZA, 2003), apontam para uma real compreensão crítica dos fenômenos sociais, políticos, culturais e econômicos da realidade. Pois os mesmos refletem na escola e na educação. Desse modo é importantíssimo que o corpo docente esteja comprometido em atentar para sua importância. A escola como prática social, tem por objetivo formar indivíduos capazes de interferirem na realidade social em que estão inseridos, implementando transformações, que contribuam na melhoria de vida e eliminem as injustiças sociais. Paulo Freire (2000, p.45) afirma: “Me parece demasiado obvio que a educação de que precisamos capaz de formar pessoas críticas, de raciocínio rápido, com sentido do risco, curiosas, indagadoras não pode ser a que exercita a memorização mecânica dos educandos. A que ‘treina’ em lugar de formar. Não pode ser a que deposita conteúdos na cabeça ‘vazia’ dos educandos, mas a que, pelo contrário, os desafia a pensar certo. Por isso é a que coloca ao educador e a educadora a tarefa de, ensinando conteúdos ao educando ensina-lhes pensar criticamente”.
Um exemplo da aplicação na prática pedagógica estaria em elaborar uma pesquisa em campo em uma escola de ensino fundamental, no intento de verificar a realidade socioeconômica e as possíveis dificuldades no processo ensino-aprendizagem. Em entrevistas com professores verificar a metodologia adotada e as possíveis intervenções, tanto sociais como educativas, para eliminação do problema.
Após o término na ditadura militar um novo paradigma surge, conceitos como autonomia e liberdade afloram no contexto educacional, outrora cerceado pela ideologia vigente. Surgem discussões para a democratização da gestão escolar, que foram outorgados na Constituição Federal de 1988, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9.394/96) e no PNE.
Dentre as definições temos: “Os termos “administração da educação” ou “gestão da educação” têm sido utilizados na área educacional ora como sinônimos, ora como termos distintos. “Analisar a gestão da educação, seja ela desenvolvida na escola ou no sistema municipal de ensino, implica em refletir sobre as políticas de educação. Isto porque há uma ligação muito forte entre elas, pois a gestão transforma metas e objetivos educacionais em ações, dando concretude às direções traçadas pelas políticas” (BORDIGNON; GRACINDO, 2004, p.147). Temos de igual modo uma explicação mais ampla do termo gestão da escola pública. “Trata-se de uma maneira de organizar o funcionamento da escola pública quanto aos aspectos políticos, administrativos, financeiros, tecnológicos, culturais, artísticos e pedagógicos, com a finalidade de dar transparência às suas ações e atos e possibilitar à comunidade escolar e local a aquisição de conhecimentos, saberes, ideias e sonhos, num processo de aprender, inventar, criar, dialogar, construir, transformar e ensinar”. (BRASIL, CEAD 2004).
O professor Libâneo identifica a gestão como uma atividade pela qual gerenciamos meios e procedimentos para alcançar os objetivos da organização, levando em conta os aspectos gerenciais e técnico-administrativos. Um exemplo típico de gestão educacional estaria na elaboração do Projeto Político Pedagógico pelo diretor da instituição escolar. No processo de construção democrática e participativa o gestor envolveria os professores, funcionários, pais e alunos. Todos os atores opinariam e discutiriam as tomadas de decisões na formulação da proposta curricular, da formação dos professores e da gestão administrativa. Sendo assim, a gestão é um processo dinâmico que permite a comunidade escolar atuar em processos coletivos e com a participação nas decisões.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
http://www.prac.ufpb.br/anais/IXEnex/iniciacao/documentos/anais/4.EDUCACAO/4CEDFEMT01.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010015742007000100006
http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/a-Import%C3%A2ncia-Da-Sociologia-Da-Educa%C3%A7%C3%A3o/861701.html
FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo, UNESP,2000.
br.monografias.com/.../modelos-pedagogicos-epistemologicos-escola-co..
http://www.letraviva.net/arquivos/2012/anexo-1-Gestao-escolar-democratica-definicoes,-principios-e-mecanismos-de-implementacao.pdf
Foto ilustrativa retirada do link:
http://dilianvilela.bligoo.com.br/a-organiza-o-da-gest-o-escolar-pratica-de-gest-o-coletiva#.U4VAanJdWE4
Rizovaldo Costa Miranda – Pedagogo- AEE
Desde a antiguidade a prática educacional vem acompanhando a evolução da humanidade. Porém, na Grécia temos uma análise mais profunda do termo Paidéia. Entendida como a formação da criança para a vida. Desse modo, temos uma solidificação metodológica do sentido etimológico da palavra pedagogia, como meio, caminho, ou seja, a condução da criança. Giovanni Genovesi, por sua vez, registrou: “A pedagogia é ciência autônoma porque tem uma linguagem própria, tendo consciência de usá-la segundo um método próprio e segundo os próprios fins e, por meio dela, gera um corpo de conhecimentos, uma série de experimentações e de técnicas sem o que lhe seria impossível qualquer construção de modelos educativos”. (1999, p.79-80).
No âmbito das questões educacionais, até o século XX o tema gerava em torno da preocupação em formar indivíduos aptos a exercer os cargos oferecidos pelo governo às elites. Somente após o ano de 1920 surge o sistema educacional nacional. O mesmo oferecia educação universal, laica, gratuita e obrigatória. Seu objetivo era propiciar uma educação básica, dando condições aos brasileiros de exercerem funções laborais à industrialização do Brasil.
Émile Durkheim o primeiro a cunhar o termo sociologia, e ter postulado a definição do objeto e método sociológico da nova ciência, a incluiu nos currículos acadêmicos. Quanto ao papel da Sociologia da Educação, diversos autores (TURA, 2001; SILVA, 2003; SOUZA, 2003), apontam para uma real compreensão crítica dos fenômenos sociais, políticos, culturais e econômicos da realidade. Pois os mesmos refletem na escola e na educação. Desse modo é importantíssimo que o corpo docente esteja comprometido em atentar para sua importância. A escola como prática social, tem por objetivo formar indivíduos capazes de interferirem na realidade social em que estão inseridos, implementando transformações, que contribuam na melhoria de vida e eliminem as injustiças sociais. Paulo Freire (2000, p.45) afirma: “Me parece demasiado obvio que a educação de que precisamos capaz de formar pessoas críticas, de raciocínio rápido, com sentido do risco, curiosas, indagadoras não pode ser a que exercita a memorização mecânica dos educandos. A que ‘treina’ em lugar de formar. Não pode ser a que deposita conteúdos na cabeça ‘vazia’ dos educandos, mas a que, pelo contrário, os desafia a pensar certo. Por isso é a que coloca ao educador e a educadora a tarefa de, ensinando conteúdos ao educando ensina-lhes pensar criticamente”.
Um exemplo da aplicação na prática pedagógica estaria em elaborar uma pesquisa em campo em uma escola de ensino fundamental, no intento de verificar a realidade socioeconômica e as possíveis dificuldades no processo ensino-aprendizagem. Em entrevistas com professores verificar a metodologia adotada e as possíveis intervenções, tanto sociais como educativas, para eliminação do problema.
Após o término na ditadura militar um novo paradigma surge, conceitos como autonomia e liberdade afloram no contexto educacional, outrora cerceado pela ideologia vigente. Surgem discussões para a democratização da gestão escolar, que foram outorgados na Constituição Federal de 1988, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9.394/96) e no PNE.
Dentre as definições temos: “Os termos “administração da educação” ou “gestão da educação” têm sido utilizados na área educacional ora como sinônimos, ora como termos distintos. “Analisar a gestão da educação, seja ela desenvolvida na escola ou no sistema municipal de ensino, implica em refletir sobre as políticas de educação. Isto porque há uma ligação muito forte entre elas, pois a gestão transforma metas e objetivos educacionais em ações, dando concretude às direções traçadas pelas políticas” (BORDIGNON; GRACINDO, 2004, p.147). Temos de igual modo uma explicação mais ampla do termo gestão da escola pública. “Trata-se de uma maneira de organizar o funcionamento da escola pública quanto aos aspectos políticos, administrativos, financeiros, tecnológicos, culturais, artísticos e pedagógicos, com a finalidade de dar transparência às suas ações e atos e possibilitar à comunidade escolar e local a aquisição de conhecimentos, saberes, ideias e sonhos, num processo de aprender, inventar, criar, dialogar, construir, transformar e ensinar”. (BRASIL, CEAD 2004).
O professor Libâneo identifica a gestão como uma atividade pela qual gerenciamos meios e procedimentos para alcançar os objetivos da organização, levando em conta os aspectos gerenciais e técnico-administrativos. Um exemplo típico de gestão educacional estaria na elaboração do Projeto Político Pedagógico pelo diretor da instituição escolar. No processo de construção democrática e participativa o gestor envolveria os professores, funcionários, pais e alunos. Todos os atores opinariam e discutiriam as tomadas de decisões na formulação da proposta curricular, da formação dos professores e da gestão administrativa. Sendo assim, a gestão é um processo dinâmico que permite a comunidade escolar atuar em processos coletivos e com a participação nas decisões.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
http://www.prac.ufpb.br/anais/IXEnex/iniciacao/documentos/anais/4.EDUCACAO/4CEDFEMT01.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010015742007000100006
http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/a-Import%C3%A2ncia-Da-Sociologia-Da-Educa%C3%A7%C3%A3o/861701.html
FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo, UNESP,2000.
br.monografias.com/.../modelos-pedagogicos-epistemologicos-escola-co..
http://www.letraviva.net/arquivos/2012/anexo-1-Gestao-escolar-democratica-definicoes,-principios-e-mecanismos-de-implementacao.pdf
Foto ilustrativa retirada do link:
http://dilianvilela.bligoo.com.br/a-organiza-o-da-gest-o-escolar-pratica-de-gest-o-coletiva#.U4VAanJdWE4
MODELO DE ENRIQUECIMENTO ESCOLAR – ALTAS HABILIDADES E SUPERDOTAÇÃO
Rizovaldo Costa Miranda – Pedagogo (AEE)
Atualmente na área educacional enfrentamos a necessidade de discutirmos a concepção de Superdotação, que segundo as diretrizes Nacionais para Educação Especial – MEC, 2001 – a definição apresenta que considera crianças superdotadas e talentosas as que apresentam notável desempenho e elevada potencialidade. Hoje com tantas pesquisas e estudos a identificação torna-se mais fácil. Existem características inerentes aos sujeitos superdotados e altas habilidades, que darão indícios a um olhar mais apurado, na tentativa de acolher tais indivíduos e facilitar sua interação em sala de aula.
Temos valorosas contribuições indicando qual rumo tomar diante das necessidades que envolvem o dia a dia escolar. Dentre elas a citação: “Práticas que envolvam o pensamento crítico e criativo, paralelamente ao cultivo de um conjunto de traços de personalidade como persistência, autoconfiança e independência de pensamento” [1].
Porém, me pergunto: Nosso corpo docente está preparado para fazer tais intervenções? Os professores estão aptos a fazer uma avaliação pedagógica? O inesquecível Paulo Freire questionador do sistema educacional brasileiro, também batia na mesma tecla, ao comentar sobre nossos professores: “Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que-fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino contínuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho intervindo, educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade[2].” Estamos falando do professor reflexivo que é preciso formar neste século XXI.
Nossos índices educacionais estão muito aquém de um país rico, emergente e em pleno desenvolvimento, conforme divulgado pela MÍDIA.
Esforços têm sido efetivados, tais como as flexibilizações curriculares e instrucionais, o regime de progressão, aceleração e tantos outros. Só espero não estarmos criando mais um modismo.
O Modelo de Enriquecimento Escolar de Renzulli é verdadeiramente inovador. O mesmo procura desenvolver características imprescindíveis nos alunos, as quais são quesitos amplamente exigidos em um contexto globalizado. Hoje o sistema contempla profissionais com o seguinte perfil: Dinâmico e sistêmico, capaz de interagir, competências para o desempenho de tarefas, criatividade, flexibilização, motivação, intuição, ética, autoconfiança, resiliência, integridade, humildade, etc. Renzulli elenca quatro características principais: Personalidade, persistência, autoconfiança e independência (pensamento). Procurei analisar o significado dos mesmos, e creio que se tais atributos fossem estimulados ou desenvolvidos, não só com os superdotados, mas em sua totalidade com os alunos da rede regular; teríamos uma verdadeira revolução educacional em nosso país.
· Personalidade – É o conjunto das características marcantes de uma pessoa, é a força ativa que ajuda a determinar o relacionamento das pessoas referente ao pensar, sentir baseado em seu padrão de individualidade pessoal e agir[3].
· Persistência - É a capacidade de continuar com os esforços mesmo frente aos mais desanimadores desafios ou obstáculos. A excelência pessoal depende de um comportamento persistente, pois nem sempre a conquista dos objetivos é fácil e o caminho é reto e sem obstáculos. A persistência é uma das mais preciosas qualidades a serem desenvolvidas[4].
· Autoconfiança - É resultado da autoestima. A autoconfiança é um termo usado para descrever como uma pessoa está segura em suas próprias decisões e ações. Isto pode ser aplicado geralmente às situações ou às tarefas específicas. É ter certeza sobre a capacidade, valores e objetivos. A autoconfiança nunca é herdada; é aprendida. A autoestima inclui a avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mesma. É ter consciência de seus valores e só quando temos essa consciência é que podemos confiar naquilo que somos capazes. Mas para sabermos do que somos capazes é essencial o autoconhecimento[5].
· Independência (pensamento) - Segundo o Dicionário de Filosofia, em sentido geral, o termo liberdade é a condição daquele que é livre; capacidade de agir por si próprio; autodeterminação; independência; autonomia. Em um sentido ético, trata-se do direito de escolha pelo indivíduo de seu modo de agir, independentemente de qualquer determinação externa. "A liberdade consiste unicamente em que, ao afirmar ou negar, realizar ou enviar o que o entendimento nos prescreve, agimos de modo a sentir que, em nenhum momento, qualquer força exterior nos constrange" (Descartes). A liberdade de pensamento, em seu sentido estrito, é inalienável, inquestionável. Reivindicar a liberdade de pensar significa lutar pela liberdade de exprimir o pensamento. Voltaire ilustra bem essa liberdade: "Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até o fim para que você tenha o direito de dizê-lo”. T. Hobbes afirma que o “homem livre é aquele que não é impedido de fazer o que tem vontade, no que se refere às coisas e que pode fazer por sua força e capacidade”. Kant diz que ser livre é ser autônomo, isto, é dar a si mesmo as regras a serem seguidas racionalmente. Para Jean-Paul Sartre, a liberdade é a condição ontológica do ser humano. O homem é, antes de tudo, livre. O homem é nada antes de definir-se como algo, e é absolutamente livre para definir-se, engajar-se, encerrar-se, esgotar a si mesmo[6].
Outras estratégias formuladas são: Portfólio elaborado de forma colaborativa entre alunos, familiares e professores. Possibilitando através de informações coletadas, identificar novas habilidades e interesses do aluno.
Estratégia Triádico – Métodos, materiais e técnicas instrucionais que auxiliariam no desenvolvimento de níveis superiores de pensamento, de habilidades criativas e críticas, de habilidades de pesquisa e em processos relacionados ao desenvolvimento pessoal e social.
No entanto, a realidade brasileira é outra. A falta de investimentos na área educacional básica é insuficiente. O quadro de professores está em crise com o governo (salários mais condizentes), e consigo mesmo (classes com superlotação, excesso de burocracia, escolas sucateadas, inclusão de alunos com deficiências, falta de professores, além de não terem formação para atendimento de alunos com SD/AH e AEE, a exigência do atendimento diante da diversidade, etc.). Como então desenvolver tal programa de suma importância num quadro tão desanimador? Diante da demanda de crianças com perfil de Superdotação. O que faremos? É trágico o não aproveitamento desse potencial. Quanto benefícios e contribuições poderiam ser disponibilizados para o bem da humanidade. Qual a solução?
Assistindo o vídeo[7] Ligado em Saúde o qual discute a temática da Superdotação temos o seguinte:
Em entrevista com a Psicóloga e Doutora em Educação Cristina Delou, presidente do conselho Brasileiro para Superdotação, ela enfatiza a necessidade da escola ter um olhar multidimensional e valorizar o aluno superdotado. Outra alternativa seria a criação de mais centros do NAAH/S (Programa do MEC em parceria com a UNESCO). O mesmo tem um programa de atendimento abrangente, o professor, o aluno e a família. Ao corpo docente orientando, qualificando e dando formação continuada. Ao aluno o encaminhamento a institutos ou universidades para dilapidar seu potencial e aos familiares como conduzir um relacionamento interpessoal saudável com o aprendente.
O apelo final de Cristina foca a urgência em identificar e oferecer condições para o pleno desenvolvimento das crianças superdotadas, e recomenda aos pais que busquem auxilio através do site: www.conbrasd.org para as devidas orientações, caso a escola, não ofereça tal iniciativa.
Finalizando, concordo plenamente com o parecer de Cristina. E creio que com a criação de diversos centros (polos) o trabalho ficaria mais centralizado e de melhor qualidade. Ali o aprendiz teria um atendimento especializado com liberdade e sem conflitos (bullying) entre os demais alunos não superdotados.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa-21ª Edição- São Paulo. Editora Paz e Terra, 2002.
http://www.significados.com.br/personalidade/
http://www.excellencestudio.com.br/persistencia/o-que-e-persistencia.htm
http://www.significados.com.br/personalidade/
http://www.excellencestudio.com.br/persistencia/o-que-e-persistencia.htm
http://www2.uol.com.br/vyaestelar/autocconfianca.htm
http://www.brasilescola.com/sociologia/consciencia-e-liberda-humana-text2.htm
http://www.youtube.com/watch?v=KLQFreZ9LsI
[1] FLEITH, 2007
[2] FREIRE, Paulo. 2002
[3] http://www.significados.com.br/personalidade/
[4] http://www.excellencestudio.com.br/persistencia/o-que-e-persistencia.htm
[5] http://www2.uol.com.br/vyaestelar/autocconfianca.htm
[6] http://www.brasilescola.com/sociologia/consciencia-e-liberda-humana-texto-2.htm
[7] http://www.youtube.com/watch?v=KLQFreZ9LsI
Rizovaldo Costa Miranda – Pedagogo (AEE)
Atualmente na área educacional enfrentamos a necessidade de discutirmos a concepção de Superdotação, que segundo as diretrizes Nacionais para Educação Especial – MEC, 2001 – a definição apresenta que considera crianças superdotadas e talentosas as que apresentam notável desempenho e elevada potencialidade. Hoje com tantas pesquisas e estudos a identificação torna-se mais fácil. Existem características inerentes aos sujeitos superdotados e altas habilidades, que darão indícios a um olhar mais apurado, na tentativa de acolher tais indivíduos e facilitar sua interação em sala de aula.
Temos valorosas contribuições indicando qual rumo tomar diante das necessidades que envolvem o dia a dia escolar. Dentre elas a citação: “Práticas que envolvam o pensamento crítico e criativo, paralelamente ao cultivo de um conjunto de traços de personalidade como persistência, autoconfiança e independência de pensamento” [1].
Porém, me pergunto: Nosso corpo docente está preparado para fazer tais intervenções? Os professores estão aptos a fazer uma avaliação pedagógica? O inesquecível Paulo Freire questionador do sistema educacional brasileiro, também batia na mesma tecla, ao comentar sobre nossos professores: “Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que-fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino contínuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho intervindo, educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade[2].” Estamos falando do professor reflexivo que é preciso formar neste século XXI.
Nossos índices educacionais estão muito aquém de um país rico, emergente e em pleno desenvolvimento, conforme divulgado pela MÍDIA.
Esforços têm sido efetivados, tais como as flexibilizações curriculares e instrucionais, o regime de progressão, aceleração e tantos outros. Só espero não estarmos criando mais um modismo.
O Modelo de Enriquecimento Escolar de Renzulli é verdadeiramente inovador. O mesmo procura desenvolver características imprescindíveis nos alunos, as quais são quesitos amplamente exigidos em um contexto globalizado. Hoje o sistema contempla profissionais com o seguinte perfil: Dinâmico e sistêmico, capaz de interagir, competências para o desempenho de tarefas, criatividade, flexibilização, motivação, intuição, ética, autoconfiança, resiliência, integridade, humildade, etc. Renzulli elenca quatro características principais: Personalidade, persistência, autoconfiança e independência (pensamento). Procurei analisar o significado dos mesmos, e creio que se tais atributos fossem estimulados ou desenvolvidos, não só com os superdotados, mas em sua totalidade com os alunos da rede regular; teríamos uma verdadeira revolução educacional em nosso país.
· Personalidade – É o conjunto das características marcantes de uma pessoa, é a força ativa que ajuda a determinar o relacionamento das pessoas referente ao pensar, sentir baseado em seu padrão de individualidade pessoal e agir[3].
· Persistência - É a capacidade de continuar com os esforços mesmo frente aos mais desanimadores desafios ou obstáculos. A excelência pessoal depende de um comportamento persistente, pois nem sempre a conquista dos objetivos é fácil e o caminho é reto e sem obstáculos. A persistência é uma das mais preciosas qualidades a serem desenvolvidas[4].
· Autoconfiança - É resultado da autoestima. A autoconfiança é um termo usado para descrever como uma pessoa está segura em suas próprias decisões e ações. Isto pode ser aplicado geralmente às situações ou às tarefas específicas. É ter certeza sobre a capacidade, valores e objetivos. A autoconfiança nunca é herdada; é aprendida. A autoestima inclui a avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mesma. É ter consciência de seus valores e só quando temos essa consciência é que podemos confiar naquilo que somos capazes. Mas para sabermos do que somos capazes é essencial o autoconhecimento[5].
· Independência (pensamento) - Segundo o Dicionário de Filosofia, em sentido geral, o termo liberdade é a condição daquele que é livre; capacidade de agir por si próprio; autodeterminação; independência; autonomia. Em um sentido ético, trata-se do direito de escolha pelo indivíduo de seu modo de agir, independentemente de qualquer determinação externa. "A liberdade consiste unicamente em que, ao afirmar ou negar, realizar ou enviar o que o entendimento nos prescreve, agimos de modo a sentir que, em nenhum momento, qualquer força exterior nos constrange" (Descartes). A liberdade de pensamento, em seu sentido estrito, é inalienável, inquestionável. Reivindicar a liberdade de pensar significa lutar pela liberdade de exprimir o pensamento. Voltaire ilustra bem essa liberdade: "Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até o fim para que você tenha o direito de dizê-lo”. T. Hobbes afirma que o “homem livre é aquele que não é impedido de fazer o que tem vontade, no que se refere às coisas e que pode fazer por sua força e capacidade”. Kant diz que ser livre é ser autônomo, isto, é dar a si mesmo as regras a serem seguidas racionalmente. Para Jean-Paul Sartre, a liberdade é a condição ontológica do ser humano. O homem é, antes de tudo, livre. O homem é nada antes de definir-se como algo, e é absolutamente livre para definir-se, engajar-se, encerrar-se, esgotar a si mesmo[6].
Outras estratégias formuladas são: Portfólio elaborado de forma colaborativa entre alunos, familiares e professores. Possibilitando através de informações coletadas, identificar novas habilidades e interesses do aluno.
Estratégia Triádico – Métodos, materiais e técnicas instrucionais que auxiliariam no desenvolvimento de níveis superiores de pensamento, de habilidades criativas e críticas, de habilidades de pesquisa e em processos relacionados ao desenvolvimento pessoal e social.
No entanto, a realidade brasileira é outra. A falta de investimentos na área educacional básica é insuficiente. O quadro de professores está em crise com o governo (salários mais condizentes), e consigo mesmo (classes com superlotação, excesso de burocracia, escolas sucateadas, inclusão de alunos com deficiências, falta de professores, além de não terem formação para atendimento de alunos com SD/AH e AEE, a exigência do atendimento diante da diversidade, etc.). Como então desenvolver tal programa de suma importância num quadro tão desanimador? Diante da demanda de crianças com perfil de Superdotação. O que faremos? É trágico o não aproveitamento desse potencial. Quanto benefícios e contribuições poderiam ser disponibilizados para o bem da humanidade. Qual a solução?
Assistindo o vídeo[7] Ligado em Saúde o qual discute a temática da Superdotação temos o seguinte:
Em entrevista com a Psicóloga e Doutora em Educação Cristina Delou, presidente do conselho Brasileiro para Superdotação, ela enfatiza a necessidade da escola ter um olhar multidimensional e valorizar o aluno superdotado. Outra alternativa seria a criação de mais centros do NAAH/S (Programa do MEC em parceria com a UNESCO). O mesmo tem um programa de atendimento abrangente, o professor, o aluno e a família. Ao corpo docente orientando, qualificando e dando formação continuada. Ao aluno o encaminhamento a institutos ou universidades para dilapidar seu potencial e aos familiares como conduzir um relacionamento interpessoal saudável com o aprendente.
O apelo final de Cristina foca a urgência em identificar e oferecer condições para o pleno desenvolvimento das crianças superdotadas, e recomenda aos pais que busquem auxilio através do site: www.conbrasd.org para as devidas orientações, caso a escola, não ofereça tal iniciativa.
Finalizando, concordo plenamente com o parecer de Cristina. E creio que com a criação de diversos centros (polos) o trabalho ficaria mais centralizado e de melhor qualidade. Ali o aprendiz teria um atendimento especializado com liberdade e sem conflitos (bullying) entre os demais alunos não superdotados.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa-21ª Edição- São Paulo. Editora Paz e Terra, 2002.
http://www.significados.com.br/personalidade/
http://www.excellencestudio.com.br/persistencia/o-que-e-persistencia.htm
http://www.significados.com.br/personalidade/
http://www.excellencestudio.com.br/persistencia/o-que-e-persistencia.htm
http://www2.uol.com.br/vyaestelar/autocconfianca.htm
http://www.brasilescola.com/sociologia/consciencia-e-liberda-humana-text2.htm
http://www.youtube.com/watch?v=KLQFreZ9LsI
[1] FLEITH, 2007
[2] FREIRE, Paulo. 2002
[3] http://www.significados.com.br/personalidade/
[4] http://www.excellencestudio.com.br/persistencia/o-que-e-persistencia.htm
[5] http://www2.uol.com.br/vyaestelar/autocconfianca.htm
[6] http://www.brasilescola.com/sociologia/consciencia-e-liberda-humana-texto-2.htm
[7] http://www.youtube.com/watch?v=KLQFreZ9LsI
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Rizovaldo Costa Miranda – Pedagogo-AEE.
A luta pela implantação da educação aos desassistidos, não é recente. Existem três documentos que amparam tal mobilização tão importante no século XXI. São eles: Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU), tem um princípio fundamental: a garantia da Educação para todos, indistintamente, quaisquer que sejam as suas origens ou condição social. Convenção sobre os Direitos da Criança. Datada de 21 de novembro de 1990, explicitam os direitos dos portadores de necessidades educativas especiais, valorizados como indivíduos e como seres sociais. Garante-lhes, entre outras coisas, uma vida plena e decente, cuidados especiais (sempre que possível gratuito), levando-os a mais ampla integração social e ao desenvolvimento individual pleno. Declaração de Salamanca Documento resultante da Conferência Mundial sobre Necessidades Especiais (1994) proclama o direito fundamental de todas as crianças, com as suas características peculiares, a Educação. Afirma, também, o direito das pessoas com necessidades educativas especiais à escola regular, que devera integrá-las numa pedagogia adequada. Atualmente ainda existem entraves e polêmicas quanto às metodologias atinentes a alfabetização de crianças com necessidades especiais.
No Art. 59 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9394/96 com a competência indicada no Art. 18 da Resolução 02/2002 do Conselho Nacional de Educação - CNE, segundo a qual “cabe aos Sistemas de Ensino estabelecer normas para o funcionamento de suas escolas, a fim de que essas tenham suficientes condições para elaborar suas proposta político-pedagógica e contar com professores capa citados e especializados”.
Segundo a Cartilha de Inclusão Social – Edição 2008 da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul elaborada pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos tem o conceito de deficiência: “É toda restrição física, mental e sensorial, de natureza permanente ou transitória, que limita a capacidade funcional de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária. Tipos de deficiência: deficiência física, paralisia cerebral, deficiência auditiva, deficiência visual, deficiência mental, deficiência múltipla, mobilidade reduzida e condutas típicas”‘.
Já na Seção IV Da Acessibilidade à Educação estabelece o direito de matrícula para todo o aluno com deficiência.
Diante do exposto surge um novo conceito: O que é Inclusão Escolar? Maria Teresa Engler Mantoan responde: “Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças”.
Durante um longo período a temática da inclusão dos deficientes, na rede escolar regular, não foi observada, somente no ano de 2008 (*), o Ministério da Educação e Cultura – MEC publica no Art. 1* do Decreto número 6.571/2008, a inclusão de alunos com necessidades especiais na rede regular de ensino. (*) – Este Decreto foi revogado através do Decreto número 7.611/2011.
Com a criação do Atendimento Educacional Especializado – AEE, e devido a grande demanda de crianças deficientes, objeto da inclusão escolar na rede regular, se faz necessário à especialização do corpo docente. Cabe ressaltar que tal necessidade se deve ao fato do grande número de ingressos em cumprimento de novos paradigmas no contexto educacional.
O Atendimento Educacional Especializado – AEE tem por objetivos:
• Alunos com deficiência - aqueles que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual, mental ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem ter obstruído sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade;
• Alunos com transtornos globais do desenvolvimento - aqueles que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo síndromes do espectro do autismo psicose infantil;
• Alunos com altas habilidades ou superdotação - aqueles que apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotora, artes e criatividade.
Conforme Resolução CNE/CEB n.4/2009, art. 12, para atuar no atendimento educacional especializado, o professor deve ter formação inicial que o habilite para exercício da docência e formação específica na educação especial.
O professor do AEE tem como função realizar esse atendimento de forma complementar ou suplementar à escolarização, considerando as habilidades e as necessidades específicas dos alunos público alvo da educação especial.
(Fonte: Manual de Orientação: Programa de Implantação de Sala de Recursos Multifuncionais. Ministério da Educação – Secretaria de Educação Especial –. 2010).
Nas salas de Recursos Multifuncionais o professor deverá desenvolver o PDI – Plano de Desenvolvimento Individual, documento que registra a avaliação e intervenção especializada que será usado em conformidade as necessidades do aluno. Ele é constituído de duas partes:
· Primeira – Constará do registro de informações e avaliação;
· Segunda – O desenvolvimento do Plano Pedagógico Especializado.
Na pratica, segundo reportagem da revista Nova Escola número 123 de junho/l999, as crianças com deficiência quando assistidas com técnicas pedagógicas adequadas e professores com formação em educação especial, mudam de comportamento. A revolta, tristeza e dificuldades em comunicação são deixadas de lado. Vislumbrando um passado não muito distante, os deficientes eram tratados como excluídos da sociedade. Sem direitos de exercer sua cidadania. Eram depositados em instituições religiosas ou filantrópicas. Alguns passaram ali toda sua existência. Graças a Deus, tais comportamentos eugênicos estão mudando. Hoje, em parte, temos os direitos assegurados por lei.
Do mesmo modo, o Guia Escolar – Ano I número dois – 2010, contém substanciosa pesquisa sobre as múltiplas deficiências. O artigo traz dicas, praticas e o seguinte comentário: “Para permitir que a inclusão aconteça de fato, o governo tem, entre outras ações equipadas salas de aula com recursos multifuncionais, solicitados pelas secretarias de Educação. Mas enquanto não houver formação especializada e a presença obrigatória de profissionais do ramo, como tradutores de Libras, por exemplo, a chegada dos alunos com deficiência pode ate se tornar comum, porém, não menos traumática”.
Alguns conselhos de suma importância são relatados no artigo, na intenção de facilitar o processo de letramento das crianças. Entre as abordagens temos: Autismo, Cegueira, Deficiência Física, Surdez, Síndrome de Down, Surda-Cegueira e Educação Infantil Especial.
Em se tratado de crianças com deficiência intelectual, devido a sua especificidade uma metodologia diferenciada deve ser empregada. O conceito deficiência intelectual é recente. No decorrer dos anos tivemos diversas definições e terminologias para caracterizá-la, entre elas: Oligofrenia, Retardo mental, atraso mental, deficiência mental.
“A deficiência intelectual é uma incapacidade caracterizada por uma limitação significativa no funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo, expressa em habilidades conceituais, sociais e práticas”. (Associação Americana de Deficiência Intelectual /AAMR).
Temos no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV, 1994) a utilização do termo retardo mental e define-o como um funcionamento intelectual significativamente inferior à média, acompanhado de limitações representativas no funcionamento adaptativo em pelo menos duas das referidas áreas de habilidades: Comunicação, vida doméstica, habilidades sociais/interpessoais, uso de recursos comunitários, autossuficiência (autonomia), habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, saúde e segurança.
Segundo Stanislau Krynski (Novos Rumos da Deficiência Mental/1983). Esse tipo de deficiência é um vasto complexo de quadros clínicos, produzidos por várias etiologias e que se caracteriza pelo desenvolvimento intelectual insuficiente, em termos globais ou específicos.
A deficiência intelectual em comparação com a média do quociente de inteligência (QI) da população é inferior a 70. Isso significa que o sujeito com deficiência intelectual terá um atraso em seu desenvolvimento e dificuldades: na aprendizagem, no entendimento para a realização de atividades comuns a outras pessoas, seu comportamento não condiz com a faixa etária. Ou seja, o indivíduo se comporta como se tivesse menos idade do que realmente tem. Existindo um comprometimento cognitivo, que acontece antes dos 18 anos de idade.
Nem todos os indivíduos com deficiência intelectual apresentam o mesmo QI. E de acordo com o CID-10(1996) e a Organização Mundial de Saúde – (WHO, 2001) -, a classificação por meio dos testes de inteligência será: normal, deficiência intelectual leve, moderada, severa ou profunda.
O diagnóstico da deficiência intelectual deve ser concluído por uma equipe multiprofissional. Na maioria dos casos são baseados no atraso no desenvolvimento neuropsicomotor (a criança demora em firmar a cabeça, sentar, andar e falar) e dificuldade no aprendizado escolar.
Existem alguns fatores de risco que podem causar a deficiência intelectual. As mesmas ocorrem nas seguintes fases: pré-natais, perinatais e pós-natais. As informações a seguir, foram reproduzidas na íntegra da APAE de São Paulo – através do site: http://www.apaesp.org.br/SobreADeficienciaIntelectual/Paginas/O-que-e.aspx
Pré-natais - Fatores que incidem desde o momento da concepção do bebê até o início do trabalho de parto:
Fatores genéticos
• Alterações cromossômicas (numéricas ou estruturais) - provocam Síndrome de Down, entre outras.
• Alterações gênicas (erros inatos do metabolismo): que provocam Fenilcetonúria, entre outras.
Fatores que afetam o complexo materno-fetal
• Tabagismo, alcoolismo, consumo de drogas, efeitos colaterais de medicamentos teratogênicos (capazes de provocar danos nos embriões e fetos).
• Doenças maternas crônicas ou gestacionais (como diabetes mellitus).
• Doenças infecciosas na mãe, que podem comprometer o feto: sífilis, rubéola, toxoplasmose.
• Desnutrição materna.
Perinatais - Fatores que incidem do início do trabalho de parto até o 30. º dia de vida do bebê:
• Hipóxia ou anóxia (oxigenação cerebral insuficiente).
• Prematuridade e baixo peso: Pequeno para Idade Gestacional (PIG).
• Icterícia grave do recém-nascido (kernicterus).
Pós-natais - Fatores que incidem dos 30. º dia de vida do bebê até o final da adolescência:
• Desnutrição, desidratação grave, carência de estimulação global.
• Infecções: meningites, sarampo.
•Intoxicações exógenas: envenenamentos provocados por remédios, inseticidas, produtos químicos como chumbo, mercúrio etc.
• Acidentes: trânsito, afogamento, choque elétrico, asfixia, quedas etc.
Principais tipos de Deficiência Intelectual
Entre os inúmeros fatores que podem causar a deficiência intelectual, destacam-se alterações cromossômicas e gênicas, desordens do desenvolvimento embrionário ou outros distúrbios estruturais e funcionais que reduzem a capacidade do cérebro.
• Síndrome de Down – alteração genética que ocorre na formação do bebê, no início da gravidez. O grau de deficiência intelectual provocado pela síndrome é variável, e o coeficiente de inteligência (QI) pode variar e chegar a valores inferiores a 40. A linguagem fica mais comprometida, mas a visão é relativamente preservada. As interações sociais podem se desenvolver bem, no entanto podem aparecer distúrbios como hiperatividade, depressão, entre outros.
• Síndrome do X-Frágil – alteração genética que provoca atraso mental. A criança apresenta face alongada, orelhas grandes ou salientes, além de comprometimento ocular e comportamento social atípico, principalmente timidez.
• Síndrome de Prader-Willi – o quadro clínico varia de paciente a paciente, conforme a idade. No período neonatal, a criança apresenta severa hipotonia muscular, baixo peso e pequena estatura. Em geral a pessoa apresenta problemas de aprendizagem e dificuldade para pensamentos e conceitos abstratos.
• Síndrome de Angelman – distúrbio neurológico que causa deficiência intelectual, comprometimento ou ausência de fala, epilepsia, atraso psicomotor, andar desequilibrado, com as pernas afastadas e esticadas, sono entrecortado e difícil, alterações no comportamento, entre outras.
• Síndrome Williams – alteração genética que causa deficiência intelectual de leve a moderada. A pessoa apresenta comprometimento maior da capacidade visual e espacial em contraste com um bom desenvolvimento da linguagem oral e na música.
• Erros Inatos de Metabolismo (Fenilcetonúria, Hipotireoidismo congênito etc.) – alterações metabólicas, em geral enzimáticas, que normalmente não apresentam sinais nem sintomas sugestivos de doenças. São detectados pelo Teste do Pezinho, e quando tratados adequadamente, podem prevenir o aparecimento de deficiência intelectual. Alguns achados clínicos ou laboratoriais que sugerem esse tipo de distúrbio metabólico: falha de crescimento adequado, doenças recorrentes e inexplicáveis, convulsões, atoxia, perda de habilidade psicomotora, hipotonia, sonolência anormal ou coma, anormalidade ocular, sexual, de pelos e cabelos, surdez inexplicada, acidose láctea e/ou metabólica, distúrbios de colesterol, entre outros.
Deficiência Intelectual x Doença Mental
Muita gente confunde Deficiência Intelectual e doença mental, mas é importante esclarecer que são duas coisas bem diferentes.
Finalizando, para que o processo de inclusão escolar seja efetivado é necessário, rever as políticas publicas e as praticas pedagógicas. Os recursos destinados ao investimento na educação são escassos. O sistema de ensino requer a valorização, atualização e capacitação de profissionais que possam concretizar a aprendizagem ante as multiformes deficiências apresentadas.
Paulo Freire acrescenta: ”Ensina a educação ou a ação cultural para a libertação em lugar de ser aquela alienante transferência de conhecimento, é o autentico ato de conhecer em que os educando também educadores como consciências “intencionadas” ao mundo, ou como corpos conscientes, se encerem com os educadores na busca de novos conhecimentos, como consequência do ato de relacionamento existente”.
Eis o desafio.....................
Imagem retirada do link: http://portalinclusao.com/servico/deficiencias/deficiencia-intelectual
Rizovaldo Costa Miranda – Pedagogo-AEE.
A luta pela implantação da educação aos desassistidos, não é recente. Existem três documentos que amparam tal mobilização tão importante no século XXI. São eles: Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU), tem um princípio fundamental: a garantia da Educação para todos, indistintamente, quaisquer que sejam as suas origens ou condição social. Convenção sobre os Direitos da Criança. Datada de 21 de novembro de 1990, explicitam os direitos dos portadores de necessidades educativas especiais, valorizados como indivíduos e como seres sociais. Garante-lhes, entre outras coisas, uma vida plena e decente, cuidados especiais (sempre que possível gratuito), levando-os a mais ampla integração social e ao desenvolvimento individual pleno. Declaração de Salamanca Documento resultante da Conferência Mundial sobre Necessidades Especiais (1994) proclama o direito fundamental de todas as crianças, com as suas características peculiares, a Educação. Afirma, também, o direito das pessoas com necessidades educativas especiais à escola regular, que devera integrá-las numa pedagogia adequada. Atualmente ainda existem entraves e polêmicas quanto às metodologias atinentes a alfabetização de crianças com necessidades especiais.
No Art. 59 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9394/96 com a competência indicada no Art. 18 da Resolução 02/2002 do Conselho Nacional de Educação - CNE, segundo a qual “cabe aos Sistemas de Ensino estabelecer normas para o funcionamento de suas escolas, a fim de que essas tenham suficientes condições para elaborar suas proposta político-pedagógica e contar com professores capa citados e especializados”.
Segundo a Cartilha de Inclusão Social – Edição 2008 da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul elaborada pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos tem o conceito de deficiência: “É toda restrição física, mental e sensorial, de natureza permanente ou transitória, que limita a capacidade funcional de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária. Tipos de deficiência: deficiência física, paralisia cerebral, deficiência auditiva, deficiência visual, deficiência mental, deficiência múltipla, mobilidade reduzida e condutas típicas”‘.
Já na Seção IV Da Acessibilidade à Educação estabelece o direito de matrícula para todo o aluno com deficiência.
Diante do exposto surge um novo conceito: O que é Inclusão Escolar? Maria Teresa Engler Mantoan responde: “Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças”.
Durante um longo período a temática da inclusão dos deficientes, na rede escolar regular, não foi observada, somente no ano de 2008 (*), o Ministério da Educação e Cultura – MEC publica no Art. 1* do Decreto número 6.571/2008, a inclusão de alunos com necessidades especiais na rede regular de ensino. (*) – Este Decreto foi revogado através do Decreto número 7.611/2011.
Com a criação do Atendimento Educacional Especializado – AEE, e devido a grande demanda de crianças deficientes, objeto da inclusão escolar na rede regular, se faz necessário à especialização do corpo docente. Cabe ressaltar que tal necessidade se deve ao fato do grande número de ingressos em cumprimento de novos paradigmas no contexto educacional.
O Atendimento Educacional Especializado – AEE tem por objetivos:
• Alunos com deficiência - aqueles que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual, mental ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem ter obstruído sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade;
• Alunos com transtornos globais do desenvolvimento - aqueles que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo síndromes do espectro do autismo psicose infantil;
• Alunos com altas habilidades ou superdotação - aqueles que apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotora, artes e criatividade.
Conforme Resolução CNE/CEB n.4/2009, art. 12, para atuar no atendimento educacional especializado, o professor deve ter formação inicial que o habilite para exercício da docência e formação específica na educação especial.
O professor do AEE tem como função realizar esse atendimento de forma complementar ou suplementar à escolarização, considerando as habilidades e as necessidades específicas dos alunos público alvo da educação especial.
(Fonte: Manual de Orientação: Programa de Implantação de Sala de Recursos Multifuncionais. Ministério da Educação – Secretaria de Educação Especial –. 2010).
Nas salas de Recursos Multifuncionais o professor deverá desenvolver o PDI – Plano de Desenvolvimento Individual, documento que registra a avaliação e intervenção especializada que será usado em conformidade as necessidades do aluno. Ele é constituído de duas partes:
· Primeira – Constará do registro de informações e avaliação;
· Segunda – O desenvolvimento do Plano Pedagógico Especializado.
Na pratica, segundo reportagem da revista Nova Escola número 123 de junho/l999, as crianças com deficiência quando assistidas com técnicas pedagógicas adequadas e professores com formação em educação especial, mudam de comportamento. A revolta, tristeza e dificuldades em comunicação são deixadas de lado. Vislumbrando um passado não muito distante, os deficientes eram tratados como excluídos da sociedade. Sem direitos de exercer sua cidadania. Eram depositados em instituições religiosas ou filantrópicas. Alguns passaram ali toda sua existência. Graças a Deus, tais comportamentos eugênicos estão mudando. Hoje, em parte, temos os direitos assegurados por lei.
Do mesmo modo, o Guia Escolar – Ano I número dois – 2010, contém substanciosa pesquisa sobre as múltiplas deficiências. O artigo traz dicas, praticas e o seguinte comentário: “Para permitir que a inclusão aconteça de fato, o governo tem, entre outras ações equipadas salas de aula com recursos multifuncionais, solicitados pelas secretarias de Educação. Mas enquanto não houver formação especializada e a presença obrigatória de profissionais do ramo, como tradutores de Libras, por exemplo, a chegada dos alunos com deficiência pode ate se tornar comum, porém, não menos traumática”.
Alguns conselhos de suma importância são relatados no artigo, na intenção de facilitar o processo de letramento das crianças. Entre as abordagens temos: Autismo, Cegueira, Deficiência Física, Surdez, Síndrome de Down, Surda-Cegueira e Educação Infantil Especial.
Em se tratado de crianças com deficiência intelectual, devido a sua especificidade uma metodologia diferenciada deve ser empregada. O conceito deficiência intelectual é recente. No decorrer dos anos tivemos diversas definições e terminologias para caracterizá-la, entre elas: Oligofrenia, Retardo mental, atraso mental, deficiência mental.
“A deficiência intelectual é uma incapacidade caracterizada por uma limitação significativa no funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo, expressa em habilidades conceituais, sociais e práticas”. (Associação Americana de Deficiência Intelectual /AAMR).
Temos no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV, 1994) a utilização do termo retardo mental e define-o como um funcionamento intelectual significativamente inferior à média, acompanhado de limitações representativas no funcionamento adaptativo em pelo menos duas das referidas áreas de habilidades: Comunicação, vida doméstica, habilidades sociais/interpessoais, uso de recursos comunitários, autossuficiência (autonomia), habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, saúde e segurança.
Segundo Stanislau Krynski (Novos Rumos da Deficiência Mental/1983). Esse tipo de deficiência é um vasto complexo de quadros clínicos, produzidos por várias etiologias e que se caracteriza pelo desenvolvimento intelectual insuficiente, em termos globais ou específicos.
A deficiência intelectual em comparação com a média do quociente de inteligência (QI) da população é inferior a 70. Isso significa que o sujeito com deficiência intelectual terá um atraso em seu desenvolvimento e dificuldades: na aprendizagem, no entendimento para a realização de atividades comuns a outras pessoas, seu comportamento não condiz com a faixa etária. Ou seja, o indivíduo se comporta como se tivesse menos idade do que realmente tem. Existindo um comprometimento cognitivo, que acontece antes dos 18 anos de idade.
Nem todos os indivíduos com deficiência intelectual apresentam o mesmo QI. E de acordo com o CID-10(1996) e a Organização Mundial de Saúde – (WHO, 2001) -, a classificação por meio dos testes de inteligência será: normal, deficiência intelectual leve, moderada, severa ou profunda.
O diagnóstico da deficiência intelectual deve ser concluído por uma equipe multiprofissional. Na maioria dos casos são baseados no atraso no desenvolvimento neuropsicomotor (a criança demora em firmar a cabeça, sentar, andar e falar) e dificuldade no aprendizado escolar.
Existem alguns fatores de risco que podem causar a deficiência intelectual. As mesmas ocorrem nas seguintes fases: pré-natais, perinatais e pós-natais. As informações a seguir, foram reproduzidas na íntegra da APAE de São Paulo – através do site: http://www.apaesp.org.br/SobreADeficienciaIntelectual/Paginas/O-que-e.aspx
Pré-natais - Fatores que incidem desde o momento da concepção do bebê até o início do trabalho de parto:
Fatores genéticos
• Alterações cromossômicas (numéricas ou estruturais) - provocam Síndrome de Down, entre outras.
• Alterações gênicas (erros inatos do metabolismo): que provocam Fenilcetonúria, entre outras.
Fatores que afetam o complexo materno-fetal
• Tabagismo, alcoolismo, consumo de drogas, efeitos colaterais de medicamentos teratogênicos (capazes de provocar danos nos embriões e fetos).
• Doenças maternas crônicas ou gestacionais (como diabetes mellitus).
• Doenças infecciosas na mãe, que podem comprometer o feto: sífilis, rubéola, toxoplasmose.
• Desnutrição materna.
Perinatais - Fatores que incidem do início do trabalho de parto até o 30. º dia de vida do bebê:
• Hipóxia ou anóxia (oxigenação cerebral insuficiente).
• Prematuridade e baixo peso: Pequeno para Idade Gestacional (PIG).
• Icterícia grave do recém-nascido (kernicterus).
Pós-natais - Fatores que incidem dos 30. º dia de vida do bebê até o final da adolescência:
• Desnutrição, desidratação grave, carência de estimulação global.
• Infecções: meningites, sarampo.
•Intoxicações exógenas: envenenamentos provocados por remédios, inseticidas, produtos químicos como chumbo, mercúrio etc.
• Acidentes: trânsito, afogamento, choque elétrico, asfixia, quedas etc.
Principais tipos de Deficiência Intelectual
Entre os inúmeros fatores que podem causar a deficiência intelectual, destacam-se alterações cromossômicas e gênicas, desordens do desenvolvimento embrionário ou outros distúrbios estruturais e funcionais que reduzem a capacidade do cérebro.
• Síndrome de Down – alteração genética que ocorre na formação do bebê, no início da gravidez. O grau de deficiência intelectual provocado pela síndrome é variável, e o coeficiente de inteligência (QI) pode variar e chegar a valores inferiores a 40. A linguagem fica mais comprometida, mas a visão é relativamente preservada. As interações sociais podem se desenvolver bem, no entanto podem aparecer distúrbios como hiperatividade, depressão, entre outros.
• Síndrome do X-Frágil – alteração genética que provoca atraso mental. A criança apresenta face alongada, orelhas grandes ou salientes, além de comprometimento ocular e comportamento social atípico, principalmente timidez.
• Síndrome de Prader-Willi – o quadro clínico varia de paciente a paciente, conforme a idade. No período neonatal, a criança apresenta severa hipotonia muscular, baixo peso e pequena estatura. Em geral a pessoa apresenta problemas de aprendizagem e dificuldade para pensamentos e conceitos abstratos.
• Síndrome de Angelman – distúrbio neurológico que causa deficiência intelectual, comprometimento ou ausência de fala, epilepsia, atraso psicomotor, andar desequilibrado, com as pernas afastadas e esticadas, sono entrecortado e difícil, alterações no comportamento, entre outras.
• Síndrome Williams – alteração genética que causa deficiência intelectual de leve a moderada. A pessoa apresenta comprometimento maior da capacidade visual e espacial em contraste com um bom desenvolvimento da linguagem oral e na música.
• Erros Inatos de Metabolismo (Fenilcetonúria, Hipotireoidismo congênito etc.) – alterações metabólicas, em geral enzimáticas, que normalmente não apresentam sinais nem sintomas sugestivos de doenças. São detectados pelo Teste do Pezinho, e quando tratados adequadamente, podem prevenir o aparecimento de deficiência intelectual. Alguns achados clínicos ou laboratoriais que sugerem esse tipo de distúrbio metabólico: falha de crescimento adequado, doenças recorrentes e inexplicáveis, convulsões, atoxia, perda de habilidade psicomotora, hipotonia, sonolência anormal ou coma, anormalidade ocular, sexual, de pelos e cabelos, surdez inexplicada, acidose láctea e/ou metabólica, distúrbios de colesterol, entre outros.
Deficiência Intelectual x Doença Mental
Muita gente confunde Deficiência Intelectual e doença mental, mas é importante esclarecer que são duas coisas bem diferentes.
Finalizando, para que o processo de inclusão escolar seja efetivado é necessário, rever as políticas publicas e as praticas pedagógicas. Os recursos destinados ao investimento na educação são escassos. O sistema de ensino requer a valorização, atualização e capacitação de profissionais que possam concretizar a aprendizagem ante as multiformes deficiências apresentadas.
Paulo Freire acrescenta: ”Ensina a educação ou a ação cultural para a libertação em lugar de ser aquela alienante transferência de conhecimento, é o autentico ato de conhecer em que os educando também educadores como consciências “intencionadas” ao mundo, ou como corpos conscientes, se encerem com os educadores na busca de novos conhecimentos, como consequência do ato de relacionamento existente”.
Eis o desafio.....................
Imagem retirada do link: http://portalinclusao.com/servico/deficiencias/deficiencia-intelectual
O MULTICULTURALISMO NA ESCOLA
Rizovaldo Costa Miranda
O professor (VEIGA, 2003. p. 23), afirma: “Desenvolver o educando, prepará-lo para o exercício da cidadania e do trabalho significa a construção de um sujeito que domine conhecimentos, dotado de atitudes necessárias para fazer parte de um sistema político para participar dos processos político, para participar dos processos de produção da sobrevivência e para desenvolver-se pessoal e socialmente”.
As Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica salienta a construção de uma Escola de qualidade social. “Revisão das referências conceituais, Inclusão, Valorização das diferenças e atendimento à pluralidade e a diversidade cultural”. Compete à equipe gestora observar e assim que for diagnosticado o problema, agir de forma flexível e racional com intervenções pedagógicas para erradicar a situação adversa.
Um conceito sobre cultura fácil de entender seria: Cultura é algo inerente a toda a humanidade, estando presente, entre todos os agrupamentos de seres humanos. Desde os primórdios da civilização, diversificadas formas de cultura, surgiram de tempos em tempos. Ela esta presente tanto em povos civilizados, como também nos mais primitivos, já conhecidos ou não identificados ainda. Em seu amplo sentido etnográfico cultura compreende conhecimentos, crenças, religião, arte, valores, moral, costumes, linguagem, ciência, instituições (Estado, escola, família) e leis adquiridas pelo indivíduo parte integrante de uma sociedade. Somente os seres humanos possuem a capacidade de criar cultura.
Segundo o dicionário da língua portuguesa, visualizamos vários significados:
Cultura: 1. Ato, efeito ou modo de cultivar. 2, Cultivo. 3. O complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições e doutros valores espirituais e materiais transmitidos coletivamente e característicos de uma sociedade; civilização; 4. O desenvolvimento de um grupo social, uma nação, etc., que é fruto do esforço coletivo pelo aprimoramento desses valores; civilização, progresso. 5. Apuro, esmero, elegância. 6. Criação de certos animais, em particular os microscópicos (FERREIRA, 1995, p. 190-191).
Na era da Globalização enfrentamos uma crescente aversão às diferenças. A escritora Liana Salmeron Botelho de Paula (Psicóloga na Secretaria de Educação do Distrito Federal), em seu artigo Cultura escolar, cultura surda e construção de identidades na escola. Declara: “No mundo globalizado em que vivemos, observa-se a crescente padronização e estandardização dos produtos socioculturais. Há interesses econômicos e políticos que exigem a normalização, homogeneização, estabilização de valores éticos e estéticos e a criação de códigos de comunicação universal. No entanto, diferenças de estilos, gostos, gestos e modos de falar e entender continua a marcar a diferença entre povos e grupos e a causar estranhezas, duvidas e mesmo rejeições. No contexto da dominação cultural, essas diferenças se inserem em uma lógica binária que estabelece fronteiras entre o normal e o anormal, produzindo, assim, as minorias. Negar as diferenças culturais significa não considerar que as sociedades modernas se formaram sob a égide de políticas colonialistas, as quais estabeleceram relações hierárquicas entre diferentes povos e a dominação da metrópole sobre a colônia. Ou seja, indica procurar esquecer a gênese dos sérios problemas relacionados com as culturas de minorias”.
Atualmente a complexidade de nossa sociedade requer da escola intervenções que ensinem a compreensão dos fenômenos sociais e sua diversidade nas concepções e maneiras de viver. O tema multicultural vem de encontram ao ideário da globalização, totalmente contrário. A mesma impõem uma unificação e homogeneização cultural e a descentralização da identidade do ser humano. Valorizando a cultura dominante em detrimento aos direitos humanos das minorias linguísticas e culturais.
Segundo Gimeno Sacristán (1995), citado por Araujo (2009, p.83), trabalhar com a temática requer um repensar sobre a prática tradicional em apresentar apenas a cultura dominante. O autor explica:
[...] o currículo multicultural exige um contexto democrático de decisões sobre os conteúdos do ensino, no qual os interesses de todos sejam representados. Mas, para torna-lo possível é necessária uma estrutura curricular diferente da dominante e uma mentalidade diferente por parte dos professores, pais, alunos, administradores e agentes que confeccionam os materiais escolares.
A escola deverá segundo o exposto acima, deixar as práticas de homogeneização, onde os alunos são inculcados a aceitar a cultura dominante, sofrendo um processo de descacterização de suas origens étnicas e culturais.
Vale ressaltar que uma escola de qualidade social deve acatar as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, onde há a regulamentação pela Resolução número 4, publicada em 13/07/2010. Em seu artigo 9 registra: “consideração sobre a inclusão, à valorização das diferenças e o atendimento à pluralidade e diversidade cultural, resgatando e respeitando as várias manifestações de cada comunidade”.
O desenvolvimento da subjetividade dos estudantes propiciará a construção de sua identidade e no aspecto da diversidade cultural e social, a compreensão da aceitação das diferenças.
Desse modo, esperamos que através do conhecimento, a convivência com as diferentes manifestações culturais, e através das práticas vivenciadas durante a realização do projeto, o mesmo venha a construir no grupo escolar: A aceitação, o acolhimento ao modo de vida, os costumes, as linguagens, crenças e valores das diversas expressões diferenciadas de cultura identificadas no ambiente. E propicie ao aluno internalizar o significado do respeito à dignidade humana, quer seja igual ou diferente da sua cultura.
Rizovaldo Costa Miranda – Pedagogo – Educação Especial – AEE.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
http://sitededicas.ne10.uol.com.br/art_multicultura.htm - Acesso em 26/08/2014.
http://www.rieoei.org/jano/2145Ravena.pdf (Revista Iberoamericana). Acesso em 26/08/2014
http://mindioescola.blogspot.com.br/2014/04/a-diversidade-cultural-dos-povos.html. Acesso em 26/04/2014.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=41686. Acesso em 26/08/2014.
Escola, currículo e cultura/Viviane Patrícia Colloca Araújo, Cristiane Rodrigues da Silva, Nonato Assis de Miranda – São Paulo, 2014.
FERREIRA, 1995, p. 190-191 - Novo Dicionário Básico da Língua Portuguesa.
Vídeos/UNIP: Escola, Currículo e Cultura – professora Viviane Araújo e vídeo do Material Complementar.
CUCHE, D.A. A noção de cultura nas Ciências Sociais. 2. Ed. Bauru: EDUSC, 2002.
Declaração Universal dos Direitos Humanos - http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001394/139423por.pdf - acesso em 25/09/2014
GENOVESI, G. Pedagogía: dall’empiria verso la scienza. Bologna: Pitágoras, 1999.
Liana Salmeron Botelho de Paula – Artigo: Cultura escolar, cultura surda e construção de identidades na escola – Fonte http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5ª ed. Goiânia: Editora Alternativa, 2004.
LIBÂNEO, na p.132 do artigo “Pedagogia e modernidade: presente e futuro da escola”. In: GHIRALDELLI, Paulo. Infância, escola e modernidade. São Paulo. Cortez, 1997.
Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, onde há a regulamentação pela Resolução número 4, publicada em 13/07/2010. Fonte:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_10.pdf
SACRISTÁN, J.G. O currículo: uma reflexão sobre a prática. Tradução Ernani F. da Fonseca Rosa. 3. Ed. Porto Alegra: ARTMED, 2000.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro; RESENDE. Lúcia Maria Gonçalves de. Escola: Espaço do Projeto Político Pedagógico. 7ª ed. Campinas: Papirus, 2003 (Coleção Magistério: Formação e trabalho pedagógico).
Imagem retirada do domínio publico - GOOGLE
Rizovaldo Costa Miranda
O professor (VEIGA, 2003. p. 23), afirma: “Desenvolver o educando, prepará-lo para o exercício da cidadania e do trabalho significa a construção de um sujeito que domine conhecimentos, dotado de atitudes necessárias para fazer parte de um sistema político para participar dos processos político, para participar dos processos de produção da sobrevivência e para desenvolver-se pessoal e socialmente”.
As Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica salienta a construção de uma Escola de qualidade social. “Revisão das referências conceituais, Inclusão, Valorização das diferenças e atendimento à pluralidade e a diversidade cultural”. Compete à equipe gestora observar e assim que for diagnosticado o problema, agir de forma flexível e racional com intervenções pedagógicas para erradicar a situação adversa.
Um conceito sobre cultura fácil de entender seria: Cultura é algo inerente a toda a humanidade, estando presente, entre todos os agrupamentos de seres humanos. Desde os primórdios da civilização, diversificadas formas de cultura, surgiram de tempos em tempos. Ela esta presente tanto em povos civilizados, como também nos mais primitivos, já conhecidos ou não identificados ainda. Em seu amplo sentido etnográfico cultura compreende conhecimentos, crenças, religião, arte, valores, moral, costumes, linguagem, ciência, instituições (Estado, escola, família) e leis adquiridas pelo indivíduo parte integrante de uma sociedade. Somente os seres humanos possuem a capacidade de criar cultura.
Segundo o dicionário da língua portuguesa, visualizamos vários significados:
Cultura: 1. Ato, efeito ou modo de cultivar. 2, Cultivo. 3. O complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições e doutros valores espirituais e materiais transmitidos coletivamente e característicos de uma sociedade; civilização; 4. O desenvolvimento de um grupo social, uma nação, etc., que é fruto do esforço coletivo pelo aprimoramento desses valores; civilização, progresso. 5. Apuro, esmero, elegância. 6. Criação de certos animais, em particular os microscópicos (FERREIRA, 1995, p. 190-191).
Na era da Globalização enfrentamos uma crescente aversão às diferenças. A escritora Liana Salmeron Botelho de Paula (Psicóloga na Secretaria de Educação do Distrito Federal), em seu artigo Cultura escolar, cultura surda e construção de identidades na escola. Declara: “No mundo globalizado em que vivemos, observa-se a crescente padronização e estandardização dos produtos socioculturais. Há interesses econômicos e políticos que exigem a normalização, homogeneização, estabilização de valores éticos e estéticos e a criação de códigos de comunicação universal. No entanto, diferenças de estilos, gostos, gestos e modos de falar e entender continua a marcar a diferença entre povos e grupos e a causar estranhezas, duvidas e mesmo rejeições. No contexto da dominação cultural, essas diferenças se inserem em uma lógica binária que estabelece fronteiras entre o normal e o anormal, produzindo, assim, as minorias. Negar as diferenças culturais significa não considerar que as sociedades modernas se formaram sob a égide de políticas colonialistas, as quais estabeleceram relações hierárquicas entre diferentes povos e a dominação da metrópole sobre a colônia. Ou seja, indica procurar esquecer a gênese dos sérios problemas relacionados com as culturas de minorias”.
Atualmente a complexidade de nossa sociedade requer da escola intervenções que ensinem a compreensão dos fenômenos sociais e sua diversidade nas concepções e maneiras de viver. O tema multicultural vem de encontram ao ideário da globalização, totalmente contrário. A mesma impõem uma unificação e homogeneização cultural e a descentralização da identidade do ser humano. Valorizando a cultura dominante em detrimento aos direitos humanos das minorias linguísticas e culturais.
Segundo Gimeno Sacristán (1995), citado por Araujo (2009, p.83), trabalhar com a temática requer um repensar sobre a prática tradicional em apresentar apenas a cultura dominante. O autor explica:
[...] o currículo multicultural exige um contexto democrático de decisões sobre os conteúdos do ensino, no qual os interesses de todos sejam representados. Mas, para torna-lo possível é necessária uma estrutura curricular diferente da dominante e uma mentalidade diferente por parte dos professores, pais, alunos, administradores e agentes que confeccionam os materiais escolares.
A escola deverá segundo o exposto acima, deixar as práticas de homogeneização, onde os alunos são inculcados a aceitar a cultura dominante, sofrendo um processo de descacterização de suas origens étnicas e culturais.
Vale ressaltar que uma escola de qualidade social deve acatar as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, onde há a regulamentação pela Resolução número 4, publicada em 13/07/2010. Em seu artigo 9 registra: “consideração sobre a inclusão, à valorização das diferenças e o atendimento à pluralidade e diversidade cultural, resgatando e respeitando as várias manifestações de cada comunidade”.
O desenvolvimento da subjetividade dos estudantes propiciará a construção de sua identidade e no aspecto da diversidade cultural e social, a compreensão da aceitação das diferenças.
Desse modo, esperamos que através do conhecimento, a convivência com as diferentes manifestações culturais, e através das práticas vivenciadas durante a realização do projeto, o mesmo venha a construir no grupo escolar: A aceitação, o acolhimento ao modo de vida, os costumes, as linguagens, crenças e valores das diversas expressões diferenciadas de cultura identificadas no ambiente. E propicie ao aluno internalizar o significado do respeito à dignidade humana, quer seja igual ou diferente da sua cultura.
Rizovaldo Costa Miranda – Pedagogo – Educação Especial – AEE.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
http://sitededicas.ne10.uol.com.br/art_multicultura.htm - Acesso em 26/08/2014.
http://www.rieoei.org/jano/2145Ravena.pdf (Revista Iberoamericana). Acesso em 26/08/2014
http://mindioescola.blogspot.com.br/2014/04/a-diversidade-cultural-dos-povos.html. Acesso em 26/04/2014.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=41686. Acesso em 26/08/2014.
Escola, currículo e cultura/Viviane Patrícia Colloca Araújo, Cristiane Rodrigues da Silva, Nonato Assis de Miranda – São Paulo, 2014.
FERREIRA, 1995, p. 190-191 - Novo Dicionário Básico da Língua Portuguesa.
Vídeos/UNIP: Escola, Currículo e Cultura – professora Viviane Araújo e vídeo do Material Complementar.
CUCHE, D.A. A noção de cultura nas Ciências Sociais. 2. Ed. Bauru: EDUSC, 2002.
Declaração Universal dos Direitos Humanos - http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001394/139423por.pdf - acesso em 25/09/2014
GENOVESI, G. Pedagogía: dall’empiria verso la scienza. Bologna: Pitágoras, 1999.
Liana Salmeron Botelho de Paula – Artigo: Cultura escolar, cultura surda e construção de identidades na escola – Fonte http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5ª ed. Goiânia: Editora Alternativa, 2004.
LIBÂNEO, na p.132 do artigo “Pedagogia e modernidade: presente e futuro da escola”. In: GHIRALDELLI, Paulo. Infância, escola e modernidade. São Paulo. Cortez, 1997.
Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, onde há a regulamentação pela Resolução número 4, publicada em 13/07/2010. Fonte:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_10.pdf
SACRISTÁN, J.G. O currículo: uma reflexão sobre a prática. Tradução Ernani F. da Fonseca Rosa. 3. Ed. Porto Alegra: ARTMED, 2000.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro; RESENDE. Lúcia Maria Gonçalves de. Escola: Espaço do Projeto Político Pedagógico. 7ª ed. Campinas: Papirus, 2003 (Coleção Magistério: Formação e trabalho pedagógico).
Imagem retirada do domínio publico - GOOGLE
BULLYING NA ESCOLA: ONDE FALHAMOS?
Rizovaldo Costa Miranda
O mundo vem passando por transformações econômicas, políticas, culturais e sociais rapidamente na contemporaneidade. Dentre elas o que mais nos preocupa, como profissionais da educação, são as mudanças na área educacional. Nossa Constituição reza que é responsabilidade da família a educação de seus filhos. Em consonância a escola exercendo, como instituição de ensino-aprendizagem, a prerrogativa de ser entidade social, cultural e histórica. Sendo assim, cabe a nós à responsabilidade na formação de cidadãos críticos participativos na comunidade a qual estiver inserido. Na perspectiva sociocritica se olha para a escola como entidade educativa e nos cobra um ensino de qualidade. Cabendo as equipes: diretiva, administrativa, direção pedagógica, professores, supervisores, coordenadores e orientadores coordenar na construção dos conhecimentos. Posteriormente, inserir cidadãos na sociedade em condições de conhecer: como agir, respeitar o multiculturalismo, valorizar as diferenças, os conceitos éticos, morais e atitudes comportamentais. Partindo da realidade da comunidade da qual estão incluídos os alunos. Isto influenciará diretamente na concretização do objetivo do sistema escolar, que seja a formação do conhecimento vivenciado.
Às vezes os atos de bullying são consumados pela falta de conhecimento, pelo preconceito, e se configura como ato ilícito por ferir a dignidade humana.
Quando ocorrem desvios de comportamento, nesse caso bullying (agressão moral, física e psicológica), compete à direção da escola exigir o cumprimento das normas disciplinares vigentes e a intervenção do Orientador Educacional. Tendo como respaldo a legislação em vigor, a direção pedagógica, os professores e a comunidade escolar. Sua atuação esta na esfera do ambiente escolar. Devendo agir nas interações entre: família-escola, escola-comunidade e relações humanas. E da mesma forma nas orientações: em relação à saúde, escolar, pós-escolar; vocacional, para o trabalho e lazer. Sua intervenção poderá começar por desenvolver programas de integração da comunidade escolar, através de processos de reflexão educativa e repensar na resolução do problema surgido, haja vista, a incidência dos episódios de bullying contra um aluno.
Compete ao Orientador Educacional enfrentar o problema ao invés de se omitir. Devido ao despreparo ou falta de capacitação dos educadores, em não promoverem a socialização, os conceitos de convivência, respeito mútuo, solidariedade e colaboração, os episódios ocorram com maior frequência. Também deverão ocorrer projetos acerca da conscientização das diferenças étnicas, socioeconômicas, física, cultural e religiosa. Caso não sejam desenvolvidas tais ações, os casos de bullying aumentarão drasticamente.
O Orientador Educacional deve de orientar e coordenar as medidas educativas, a começar com a vítima informando ao professor, para que se estabeleça no diálogo a troca de experiências criando vínculos, usando de uma fala sincera no intuito de ajudá-lo a enfrentar o problema. Importante levar a criança a ter reação emocional, com apoio familiar e escolar, certificando ao mesmo que tenha confiança e segurança de que tal situação será superada. E com os demais alunos e comunidade escolar por em prática tais medidas:
· Inserir no projeto político pedagógico da escola a prevenção ao bullying.
· Estimular discussões com o quadro de funcionários da escola e comunidade escolar sobre o significado, as características dos agressores e o comportamento das vítimas.
· Conscientizar e desenvolver a interação social entre alunos e professores.
· Promover palestras com apresentação de vídeos temáticos. Por exemplo:
O menino e a árvore – Exemplo de cooperação e trabalho. (http://www.youtube.com/watch?v=R4CppsiKbZI) .
Convivência – For the Birds. (http://www.youtube.com/watch?v=Bn3wZcDTLlg).
Corrida de crianças deficientes – Exemplo de empatia, solidariedade e colaboração – (http://www.youtube.com/watch?v=7UXiI-LsuUk).
O testemunho de Nick Vujicic- autoimagem e autoestima. (http://www.youtube.com/watch?v=27F8qyAeW5k).
· Existem experiências comprovadas cientificamente que culminou com ótimos resultados entre os alunos. Desenvolver a empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro, a resiliência, a habilidade de superar ou suportar uma situação constrangedora, a criatividade e transferir as agressões para algum talento.
· Desenvolver práticas educativas com atividade que incluam assuntos sobre a afetividade e a emoção, o respeito e a tolerância, a aceitação das diferenças individuais, bem como discussões de normas e disciplinas de comportamento com os alunos e seus familiares.
Creio que em longo prazo tal situação será revertida, melhorando a qualidade de vida dentro e fora da escola. Primando a fala dos professores Libâneo e Paulo Freire: “a escola dever ser um lugar feliz”. Quando isto se tornar realidade teremos uma sociedade em transformação, com o objetivo de fazer do aluno o sujeito do saber.
Rizovaldo Costa Miranda – Pedagogo – Atendimento Educacional Especializado – AEE.
Fontes Bibliográficas:
http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/bullying-preciso-levar-serio-431385.shtml?page=3
http://renatanmelo.blogspot.com.br/2011/05/bullying-na-escola-como-evitar.html
http://www.istoe.com.br/reportagens/131156_COMO+VENCER+O+BULLYING
www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/educacao/noticias-de-educacao/4501-o-bullying-e-a-orientacao-educacional
http://www.istoe.com.br/reportagens/9028_BULLYING+UM+CRIME+NAS+ESCOLAS
Revista do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo – Ano 16 – número 178 – jun./2005.
REFLEXÃO SOBRE O PARADIGMA DA INCLUSÃO
Rizovaldo Costa Miranda
"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe." (Frases e Pensamentos de Jean Piaget).
Achei por bem dar inicio a minha reflexão citando uma fala de Piaget, pois o mesmo demonstra uma ânsia mui profunda em produzir frutos em sua prática pedagógica. Infelizmente os entraves e dificuldades ocorrem em todos os níveis de ensino em nosso país. O ensino desde os tempos de D. Pedro II, Independência, República, Nova República, Regime Militar e finalizando com a Democracia, sempre foram dirigidos às classes privilegiadas. Existe no Brasil dois sistema de ensino: um dirigido às elites, com o objetivo de formar intelectuais, e outro às massas empobrecidas, excluídas ou desassistidas. Tendo a prerrogativa de formar mão de obra qualificada para enriquecer os empresários (burgueses).
Outro fator é que em nossa sociedade herdamos os sentimentos: etnocêntrico, eurocêntrico e o mito racial. Ou seja: negros, índios, mestiços, deficientes e diferentes não são alcançados com os direitos constitucionais. Porque tirar estas classes ou grupos da inércia, imposta pelos dominantes? Não é notório que um povo desinformado, subserviente é benéfico aos atuais políticos manipuladores em nosso sistema vigente?
Gastar com educação, saúde e segurança é desperdício. Não há verbas para tal, somente para as benesses dos parlamentares. Haja vista, seus reajustes salariais vergonhosos. Verdadeira afronta em um país com milhares de pessoas passando fome. O povão é nutrido pelo carnaval e futebol..... Basta observar os vultosos gastos com os elefantes brancos erguidos no país. Temos vários exemplos de grupos que até a presente data, lutam pelo direito à educação, conforme sua especificidade e diferenças cultural e linguística, como é o caso da comunidade surda. A abordagem do Bilinguismo para os surdos, ainda aguarda a boa vontade das políticas públicas, para ser implantada na rede de ensino. A seguinte asserção demonstra a realidade, ainda presente, em nossos dias.
Qual é o modelo de surdo que se tem? O modelo do surdo é só o ouvinte. São poucos os surdos bem sucedidos que nós temos que sirvam de modelo para os surdos menores. Então, eles têm a ideia de inferioridade. E a gente conhece a história: a gente passou 100 anos mandando na educação do surdo, mandando na vida social do surdo, mandando na vida do surdo. E, fazer o quê? Hoje continua a mesma coisa. É verdade... (SKLIAR, 1998).
Acerca do assunto encontramos uma vasta legislação sobre inclusão:
Isto contempla a Declaração de Salamanca (Espanha 1994): “Inclusão e participação são essenciais à dignidade humana e ao gozo e exercícios dos Direitos Humanos”.
E no Art. 59 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9394/96 com a competência indicada no Art. 18 da Resolução 02/2002 do Conselho Nacional de Educação - CNE, segundo a qual “cabe aos Sistemas de Ensino estabelecer normas para o funcionamento de suas escolas, a fim de que essas tenham suficientes condições para elaborar suas proposta político-pedagógica e contar com professores capacitados e especializados”. (MEC, SEESP, 2007).
Segundo a Cartilha de Inclusão Social – Edições 2008 da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul elaborada pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos têm o conceito de deficiência: “É toda restrição física, mental e sensorial, de natureza permanente ou transitória, que limita a capacidade funcional de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária. Tipos de deficiência: deficiência física, paralisia cerebral, deficiência auditiva, deficiência visual, deficiência mental, deficiência múltipla, mobilidade reduzida e condutas típicas”‘.
Já na Seção IV Da Acessibilidade à Educação estabelece o direito de matrícula para todo o aluno com deficiência.
“(...) capacitar escolas comuns para atender todos os alunos, especialmente aqueles que tem necessidades educativas especiais”. (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994).
Diante do exposto surge um novo conceito: O que é Inclusão Escolar? Maria Teresa Engler Mantoan responde: “Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças”.
No entanto, nossa sociedade incluindo alguns gestores da área educacional, não modificam suas concepções arcaicas e tradicionais. Porém, algumas vozes abertamente se manifestam contra tal insensatez:
A escritora Liana Salmeron Botelho de Paula (Psicóloga na Secretaria de Educação do Distrito Federal), em seu artigo Cultura escolar, cultura surda e construção de identidades na escola. Declara: “No mundo globalizado em que vivemos, observa-se a crescente padronização e estandardização dos produtos socioculturais. Há interesses econômicos e políticos que exigem a normalização, homogeneização, estabilização de valores éticos e estéticos e a criação de códigos de comunicação universal. No entanto, diferenças de estilos, gostos, e modos de falar e entender continuam a marcar a diferença entre povos e grupos e a causar estranhezas, duvidas e mesmo rejeições. No contexto da dominação cultural, essas diferenças se inserem em uma lógica binária que estabelece fronteiras entre o normal e o anormal, produzindo, assim, as minorias”.
Do mesmo modo, devemos em nosso dia a dia, demonstrar atitudes contrárias a tais gestores e para com a sociedade mostrar o quanto estão errados. Qualquer pessoa deficiente ou não tem os mesmos direitos e oportunidades. Um deficiente é um ser humano e perante nossa Constituição Federal goza dos mesmos benefícios dos sujeitos “perfeitos”.
Os pedagogos da Educação Especial sabem que se uma criança cega for devidamente amparada, em uma escola inclusiva, terá a oportunidade de atingir sua independência e autonomia. Darei exemplo da fala de outro estudioso acerca do assunto:
À medida que a criança se desenvolve, seu sistema sensorial - incluindo a visão e audição - se torna mais refinado e ela alcança um nível lingüístico e cognitivo mais elevado, enquanto seu campo de socialização se amplia, principalmente quando ela entra para a escola e tem maior oportunidade de interagir com outras crianças. De acordo com Garton (1992), quanto mais cedo a criança se envolve nas relações sociais, mais benefício obterá a curto ou longo prazo, tendo em vista as experiências e aprendizagens que resultam de tais interações. (BORGES, p. 3)
Na prática da intervenção pedagógica, dentre elas temos as estratégias lúdicas,que irá propiciar à criança cega e surdocega, o enriquecimento e a ampliação para a comunicação. Hoje contamos com vários meios de comunicação, desenvolvidos especificamente ou adaptados, para as suas necessidades de inclusão social. Somente através de um processo de alteridade e dialogia, que acontece nas relações sociais, a criança se apropria da linguagem. Por intermédio de tais práticas os indivíduos poderão alcançar certa autonomia e desempenhar diversas atividades. Como exemplo do uso desses recursos temos a história de uma surdocega muito conhecida, Hellen Keller nossa heroína, deixou um legado e muitas vitórias, provando que o ser humano tem capacidades além da imaginação. Ela escreveu um pensamento: “Não há barreiras que o ser humano não possa transpor.”.
Rizovaldo Costa Miranda. (Pedagogo – Educação Especial – AEE).
Bibliografia:
BORGES, Lucivanda Cavalcante. Aquisição da linguagem: considerações da perspectiva da interação social. Universidade Federal da Paraíba. Texto.
SKLIAR, Carlos – A surdez um olhar sobre as diferenças / Carlos Skliar. – Porto Alegre: Mediação, 1998.
Foto retirada do link: https://umjornalismosocial.wordpress.com/2010/08/30/um-outro-olhar-sobre-a-exclusao/
ATIVIDADES DE GESTÃO
Rizovaldo Costa Miranda
“A educação é um função parcial integrante da produção e reprodução da vida social, que é determinada por meio da tarefa natural e, ao mesmo tempo, cunhada socialmente da regeneração de sujeitos humanos, sem os quais não existiria nenhuma práxis social. A história do progresso é simultaneamente também um desenvolvimento dos indivíduos em suas capacidades espirituais e corporais e em suas relações mútuas. A sociedade depende tanto da formação e da evolução dos indivíduos que a constituem, quanto estes não podem se desenvolver fora das relações sociais”. Dessa forma se expressou Schmied Kowarzik um pedagogo alemão, no que diz respeito, aos processos formativos que norteiam os objetivos da Pedagogia.
No contexto da globalização temos as exigências de profissionais com: habilidades além do currículo tradicional, culturalmente bem informados, autônomos, inovadores e segundo o artigo Globalização e Mundo do Trabalho, os trabalhadores “tem que ter conhecimentos básicos sólidos, grande capacidade de aprendizado, de ser treinado e treinar-se para o exercício de funções renovadas e reformuladas, ter iniciativa para se defrontar com o imprevisto, cada vez mais comum nas situações cotidianas, e ter polivalência e capacidade de comunicação”.
Diante do exposto acima. Qual é o papel do pedagogo empresarial?
- Atuar como mediador e articulador de projetos educacionais, visando mudanças de padrões e valores comportamentais, no intuito de tornar a empresa competitiva e ativa no mercado. Aptidão para identificar, selecionar e desenvolver pessoal no âmbito corporativo. Procurando empreender práticas metodológicas na apropriação de conhecimentos para a melhoria da qualidade profissional.
Em que áreas o pedagogo pode atuar em uma empresa?
- Em Recursos Humanos (RH), Desenvolvimento e Treinamento (T&D), Recrutamento e Seleção, Projetos de Integração, No gerenciamento de projetos sociais e culturais, Consultor e assessor na área de gestão de pessoas.
E Quais as possíveis contribuições deste pedagogo para o desenvolvimento dos profissionais no contexto empresarial?
- Sua atuação provocará transformações, modificações e renovação no ambiente organizacional. Com emprego de recursos inovar e humanizar a organização. Propiciar uma aprendizagem significativa e o aperfeiçoamento do capital intelectual nos atores, para apreensão de competências, para articular a competitividade mercadológica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS.
SCHMIED-KOWARZIK. W. Pedagogia Dialética. São Paulo: Brasiliense. 1983.
http://pt.slideshare.net/ValdecCasteloBranco/o-papel-do-pedagogo-empresarial
http://www.administradores.com.br/artigos/tecnologia/pedagogo-empresarial-o-profissional-do-futuro/67001/
http://www.grupoescolar.com/pesquisa/globalizacao-e-mundo-do-trabalho.html
Saiba Mais no GrupoEscolar.com: http://www.grupoescolar.com/pesquisa/globalizacao-e-mundo-do-trabalho.html
O GESTOR EDUCACIONAL CONTEMPORÂNEO
Rizovaldo Costa Miranda
Novos paradigmas surgem da noite para o dia. Mudanças nas áreas sociais, econômicas, culturais e educacionais emergem, implementando uma reestruturação e forçando transformações em nossas vidas cotidianas. No contexto educacional ainda travamos uma batalha, ou seja, inculcar no corpo docente o ideário de novas práticas pedagógicas que atendam as necessidades dessa nova geração de aprendizes. O modelo tradicional baseado em uma educação propedêutica, conteudista, com acumulo de conhecimentos fragmentados e sem significação, falhou. Está comprovado. O desenvolvimento cognitivo dos alunos não apresentou progressos. Ao invés, os sujeitos não conseguiram se adaptar numa sociedade competitiva, autônoma e independente. A revolução tecnológica, os benefícios da ciência, a ampliação e difusão da informação, requerem indivíduos competentes com habilidades no mercado de trabalho, e readaptados aos avanços já citados na era da globalização. Nesse interim, o autor Cortella (2002, p.13), cita outro fator determinante do fracasso escolar: “[...] a educação pública das últimas décadas foi um dos desaguadouros do intencional apartheid social implementado pelas elites econômicas e á a partir dele que podemos compreender a crise da educação e a atuação político/pedagógica dos educadores”. Nesse sistema urge a atuação de gestores da educação com ampla visão futurista. Que rompa com os laços e entraves desse sistema capitalista que visa somente o lucro. Uma escola de qualidade e moderna deve se apropriar das multimídias na educação em suas salas de aula. As mesmas surgem desafiando os métodos pedagógicos vigentes, e incorporam um significado importante, pois segundo o Portal do Professor: “Multimídia é o uso de computadores para apresentar e combinar texto, imagem, áudio e vídeo com conexões (links) e ferramentas que permitam a navegação, interação, criação e comunicação”. Dessa forma, de modo atraente, inovador e criativo podemos obter resultados no ensino-aprendizagem e tornar as monótonas aulas expositivas sem dialética em rotinas mais interessantes, incitando a curiosidade e vontade de aprender de forma atraente e motivadora, pois, as mesmas oferecem a construção de aprendizagens significativas, o apoio ao processo reflexivo e de construção de conhecimentos imprescindíveis à socialização no contexto multicultural e mais adiante profissional, ambos necessários à nossa sociedade. Também são ferramentas que auxiliam o gestor a dinamizar seu quadro docente na aquisição de competências; com vistas a se apropriarem de estratégias e ferramentas para planejamento das aulas, projetos, metodologias diferenciadas, trabalhos de pesquisas, registro de projetos, e em consonância, a participação dos alunos nos laboratórios de informática. Tal esforço visará tornar os conteúdos de ensino mais significativos através de redes de saberes. Vale ressaltar que o gestor ao dispor dessa prática, estará inserindo as interações sociais, ou seja, aproximando os alunos mais carentes dos meios tecnológicos para a inclusão digital. Tão importante é essa temática que o Ministério da Educação formalizou em 2007 o projeto de pesquisa e desenvolvimento de um sistema multimídia para as escolas da rede pública. Em São Paulo temos o Colégio Dante Alighieri vanguardista na área de Tecnologia Educacional no Brasil, coordenado pela professora Valdenice Minatel Melo de Cerqueira, mestre e doutoranda em tecnologia digital incorporada ao currículo pela PUC de São Paulo.
Eis um trecho de seu “trabalho:”, justifica a coordenadora, 100% dos professores do Dante estão envolvidos com a aplicação contínua desses recursos, seja pela presença de lousas digitais, computadores, projetores e internet nas salas de aula; seja ainda pelo uso obrigatório de tablets entre os alunos do 1º e 2º ano do Ensino Médio; pela robótica (medalha de prata no I-SWEEEP 2013, feira internacional de ciência realizada em Houston, EUA); pelas salas de informática equipada com notebooks; e pelas atividades do Centro de Estudos em Mídias Digitais e Educação (cujo objetivo “é fazer a formação em serviço dos professores do Colégio”).
A incorporação de novas tecnologias dá aporte ao gestor empregar em salas de aula recursos inesgotáveis, visando incrementar a qualidade da educação. Destacamos dentre eles os projetos focados no ensino presencial abrangendo todos os níveis: One Laptop per Child (OLPC – http://laptop.org). O Programa Banda Larga nas Escolas (http://www.inclusãodigital.gov.br). Também os portais de acesso livre e gratuito, como o Portal do Professor (http://portaldoprofessor.mec.gov.br/) no Banco Internacional de Objetos Internacionais (http://objetosinternacionais2.mec.gov.br/) e no Portal Domínio Público (http://www.dominiopublico.gov.br/). No Estado do Rio Grande do Sul a UFRGS desenvolveu um ambiente virtual de aprendizagem para o ensino fundamental (http://www.nuted.ufrgs.br/planeta/planeta_rooda_manual.pdf) muito utilizado na rede de ensino.
Diante do exposto, esperamos que a transmissão de saberes através das mídias educacionais, possa reverter o quadro dos índices do IDEB em curto prazo, façanha que está ao nosso alcance, porém, para atingi-lo requer boa vontade e a apropriação dos dispositivos ofertados pelas políticas públicas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000014211.pdf
http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/futuro.pdf
http://direcionalescolas.com.br/2013/08/13/colegio-dante-alighieri-em-sp-desponta-na-vanguarda-da-tecnologia-educacional/
www.adidatica.com.br/arquivos/MORAN.doc
Rizovaldo Costa Miranda
Novos paradigmas surgem da noite para o dia. Mudanças nas áreas sociais, econômicas, culturais e educacionais emergem, implementando uma reestruturação e forçando transformações em nossas vidas cotidianas. No contexto educacional ainda travamos uma batalha, ou seja, inculcar no corpo docente o ideário de novas práticas pedagógicas que atendam as necessidades dessa nova geração de aprendizes. O modelo tradicional baseado em uma educação propedêutica, conteudista, com acumulo de conhecimentos fragmentados e sem significação, falhou. Está comprovado. O desenvolvimento cognitivo dos alunos não apresentou progressos. Ao invés, os sujeitos não conseguiram se adaptar numa sociedade competitiva, autônoma e independente. A revolução tecnológica, os benefícios da ciência, a ampliação e difusão da informação, requerem indivíduos competentes com habilidades no mercado de trabalho, e readaptados aos avanços já citados na era da globalização. Nesse interim, o autor Cortella (2002, p.13), cita outro fator determinante do fracasso escolar: “[...] a educação pública das últimas décadas foi um dos desaguadouros do intencional apartheid social implementado pelas elites econômicas e á a partir dele que podemos compreender a crise da educação e a atuação político/pedagógica dos educadores”. Nesse sistema urge a atuação de gestores da educação com ampla visão futurista. Que rompa com os laços e entraves desse sistema capitalista que visa somente o lucro. Uma escola de qualidade e moderna deve se apropriar das multimídias na educação em suas salas de aula. As mesmas surgem desafiando os métodos pedagógicos vigentes, e incorporam um significado importante, pois segundo o Portal do Professor: “Multimídia é o uso de computadores para apresentar e combinar texto, imagem, áudio e vídeo com conexões (links) e ferramentas que permitam a navegação, interação, criação e comunicação”. Dessa forma, de modo atraente, inovador e criativo podemos obter resultados no ensino-aprendizagem e tornar as monótonas aulas expositivas sem dialética em rotinas mais interessantes, incitando a curiosidade e vontade de aprender de forma atraente e motivadora, pois, as mesmas oferecem a construção de aprendizagens significativas, o apoio ao processo reflexivo e de construção de conhecimentos imprescindíveis à socialização no contexto multicultural e mais adiante profissional, ambos necessários à nossa sociedade. Também são ferramentas que auxiliam o gestor a dinamizar seu quadro docente na aquisição de competências; com vistas a se apropriarem de estratégias e ferramentas para planejamento das aulas, projetos, metodologias diferenciadas, trabalhos de pesquisas, registro de projetos, e em consonância, a participação dos alunos nos laboratórios de informática. Tal esforço visará tornar os conteúdos de ensino mais significativos através de redes de saberes. Vale ressaltar que o gestor ao dispor dessa prática, estará inserindo as interações sociais, ou seja, aproximando os alunos mais carentes dos meios tecnológicos para a inclusão digital. Tão importante é essa temática que o Ministério da Educação formalizou em 2007 o projeto de pesquisa e desenvolvimento de um sistema multimídia para as escolas da rede pública. Em São Paulo temos o Colégio Dante Alighieri vanguardista na área de Tecnologia Educacional no Brasil, coordenado pela professora Valdenice Minatel Melo de Cerqueira, mestre e doutoranda em tecnologia digital incorporada ao currículo pela PUC de São Paulo.
Eis um trecho de seu “trabalho:”, justifica a coordenadora, 100% dos professores do Dante estão envolvidos com a aplicação contínua desses recursos, seja pela presença de lousas digitais, computadores, projetores e internet nas salas de aula; seja ainda pelo uso obrigatório de tablets entre os alunos do 1º e 2º ano do Ensino Médio; pela robótica (medalha de prata no I-SWEEEP 2013, feira internacional de ciência realizada em Houston, EUA); pelas salas de informática equipada com notebooks; e pelas atividades do Centro de Estudos em Mídias Digitais e Educação (cujo objetivo “é fazer a formação em serviço dos professores do Colégio”).
A incorporação de novas tecnologias dá aporte ao gestor empregar em salas de aula recursos inesgotáveis, visando incrementar a qualidade da educação. Destacamos dentre eles os projetos focados no ensino presencial abrangendo todos os níveis: One Laptop per Child (OLPC – http://laptop.org). O Programa Banda Larga nas Escolas (http://www.inclusãodigital.gov.br). Também os portais de acesso livre e gratuito, como o Portal do Professor (http://portaldoprofessor.mec.gov.br/) no Banco Internacional de Objetos Internacionais (http://objetosinternacionais2.mec.gov.br/) e no Portal Domínio Público (http://www.dominiopublico.gov.br/). No Estado do Rio Grande do Sul a UFRGS desenvolveu um ambiente virtual de aprendizagem para o ensino fundamental (http://www.nuted.ufrgs.br/planeta/planeta_rooda_manual.pdf) muito utilizado na rede de ensino.
Diante do exposto, esperamos que a transmissão de saberes através das mídias educacionais, possa reverter o quadro dos índices do IDEB em curto prazo, façanha que está ao nosso alcance, porém, para atingi-lo requer boa vontade e a apropriação dos dispositivos ofertados pelas políticas públicas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000014211.pdf
http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/futuro.pdf
http://direcionalescolas.com.br/2013/08/13/colegio-dante-alighieri-em-sp-desponta-na-vanguarda-da-tecnologia-educacional/
www.adidatica.com.br/arquivos/MORAN.doc
OS ENTRAVES NO SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO
Rizovaldo Costa Miranda
Ao que parece a educação brasileira desde o século 20 continua sendo o maior e mais grave entrave nacional. Durante a décima quarta conferência do Curso Cidadania e Direito à Educação, versando sobre temática da Gestão Democrática das Escolas Públicas, o coordenado pedagógico de escola da rede estadual de São Paulo, professor José Luiz Feijó Nunes, comentou sobre as dificuldades vigentes: “A hierarquia e a exclusão são marcas do ensino no Brasil. Com muita luta social conquistamos o direito à escola, mas é preciso dela participar”. [...] “Tem muita coisa na lei, mas não na prática. E a culpa também é nossa”, afirma Nunes. Mais adiante ele critica a falta de um sistema nacional de ensino e a sua descentralização o que acarreta vários problemas. “O exercício profissional fica cada vez mais burocrático e sem autonomia”.
Um exemplo encontramos no estudo de caso: “Uma família que se transferiu de uma cidade para outra, procurou uma escola pública para matricular seus dois filhos respectivamente com 8 e 11 anos de idade, no ensino fundamental. Eles não possuem qualquer documentação escolar que comprove a escolaridade anterior, como uma declaração de transferência ou histórico escolar”.
Analisando os fragmentos fornecidos, bem como acordos internacionais, verificamos o direito de acesso e a permanência na instituição. Porém, quanto à questão documental, a mesma não é legal no quesito da não realização de matricula. Haja vista, em uma análise documental há o direito adquirido estabelecido na lei: Na Constituição da República Federativa do Brasil, III; Art.205 expressa: “A educação é direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Além disso, temos: No Art. 206 o seguinte princípio: I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. No Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei número 8.069/90), o seguinte: Art. 54. I – Ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria.
No ano de 1994, precisamente entre 7 a 10 de junho, na Declaração de Salamanca, contando com a presença de mais de 300 representantes de 92 países, dos quais o Brasil foi signatário, e mais 25 organizações internacionais presentes na assembleia, Elegeram o programa Educação para Todos.
"promover a Educação para Todos, analisando as mudanças fundamentais de políticas necessárias para favorecer o enfoque da educação integradora, capacitando realmente as escolas para atender todas as crianças, sobretudo as que têm necessidades especiais. (Declaração de Salamanca,1994, p.5)."
E ao pesquisar na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96 – no Capítulo II da Educação Básica Seção I Das Disposições Gerais no Art. 24 de acordo com as seguintes regras comuns:
II – a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do ensino fundamental, pode ser feita: c) independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na série ou etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema de ensino.
Dessa forma, fica sanado o problema, cabendo a direção da escola proceder, conforme mencionado através dos dispositivos legais elencados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:
http://direitoaeducacao.wordpress.com/2010/06/21/dificuldades-estruturais-e-culturais-da-gestao-democratica-sao-discutidas-pelo-prof-jose-luis-nunes/
Declaração de Salamanca – http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf
Rizovaldo Costa Miranda
Ao que parece a educação brasileira desde o século 20 continua sendo o maior e mais grave entrave nacional. Durante a décima quarta conferência do Curso Cidadania e Direito à Educação, versando sobre temática da Gestão Democrática das Escolas Públicas, o coordenado pedagógico de escola da rede estadual de São Paulo, professor José Luiz Feijó Nunes, comentou sobre as dificuldades vigentes: “A hierarquia e a exclusão são marcas do ensino no Brasil. Com muita luta social conquistamos o direito à escola, mas é preciso dela participar”. [...] “Tem muita coisa na lei, mas não na prática. E a culpa também é nossa”, afirma Nunes. Mais adiante ele critica a falta de um sistema nacional de ensino e a sua descentralização o que acarreta vários problemas. “O exercício profissional fica cada vez mais burocrático e sem autonomia”.
Um exemplo encontramos no estudo de caso: “Uma família que se transferiu de uma cidade para outra, procurou uma escola pública para matricular seus dois filhos respectivamente com 8 e 11 anos de idade, no ensino fundamental. Eles não possuem qualquer documentação escolar que comprove a escolaridade anterior, como uma declaração de transferência ou histórico escolar”.
Analisando os fragmentos fornecidos, bem como acordos internacionais, verificamos o direito de acesso e a permanência na instituição. Porém, quanto à questão documental, a mesma não é legal no quesito da não realização de matricula. Haja vista, em uma análise documental há o direito adquirido estabelecido na lei: Na Constituição da República Federativa do Brasil, III; Art.205 expressa: “A educação é direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Além disso, temos: No Art. 206 o seguinte princípio: I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. No Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei número 8.069/90), o seguinte: Art. 54. I – Ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria.
No ano de 1994, precisamente entre 7 a 10 de junho, na Declaração de Salamanca, contando com a presença de mais de 300 representantes de 92 países, dos quais o Brasil foi signatário, e mais 25 organizações internacionais presentes na assembleia, Elegeram o programa Educação para Todos.
"promover a Educação para Todos, analisando as mudanças fundamentais de políticas necessárias para favorecer o enfoque da educação integradora, capacitando realmente as escolas para atender todas as crianças, sobretudo as que têm necessidades especiais. (Declaração de Salamanca,1994, p.5)."
E ao pesquisar na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96 – no Capítulo II da Educação Básica Seção I Das Disposições Gerais no Art. 24 de acordo com as seguintes regras comuns:
II – a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do ensino fundamental, pode ser feita: c) independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na série ou etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema de ensino.
Dessa forma, fica sanado o problema, cabendo a direção da escola proceder, conforme mencionado através dos dispositivos legais elencados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:
http://direitoaeducacao.wordpress.com/2010/06/21/dificuldades-estruturais-e-culturais-da-gestao-democratica-sao-discutidas-pelo-prof-jose-luis-nunes/
Declaração de Salamanca – http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf
A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
Rizovaldo Costa Miranda
Hoje muito se discute o porquê da educação, que no passado não muito distante a tantos formou. Mas, é consenso que enfrentamos sérios entraves, e urge programar uma revolução reflexiva no ensino. De forma que as propostas apresentem avanços sobre os modelos de aprendizagem, que na realidade moldavam um sujeito passivo, mero reprodutor de um sistema, que interessava somente ao poder vigente.
No período do regime militar, o ensino da leitura e da escrita promoviam somente a codificação e decodificação, do decifrar as palavras. Não permitindo ao educando tomar decisões, fazer exigências, refletir, criticar, deixar de ser passivo no intuito de intervir construtivamente na sociedade.
Emilia Ferreiro nos anos 80 apresentou mudanças contrárias às práticas mecanizadas de ensino, pautadas em memorização, cópias e repetição. Elas influenciaram a educação brasileira. Infelizmente princípios equivocados, à desconsideração que a aprendizagem é processual, a falta de formação de professores e a metodologia colocada em prática, sem um estudo e reflexão aprofundada, produziram resultados catastróficos. Os alunos ao término do ensino fundamental não sabiam ler e escrever.
Estudiosos da temática apresentam novas propostas no ensino da Língua Portuguesa. Devemos motivar as crianças a descobrirem uma poderosa via de acesso à informação, bem como uma ferramenta de transformação social, através da prática da leitura. Segundo Délia Lerner (2002), Não se chega ao conhecimento pela soma de pequenas aprendizagens, mas pela reorganização de objetos complexos. Tal processo não ocorre de imediato, é uma construção que pode variar, quanto ao tempo, de aluno para aluno.
O aluno participa do processo. Constrói o seu conhecimento. Os conhecimentos prévios devem ser levados em consideração. Ao valorizar os mesmos, o professor tem um ponto de partida, o qual facilitará na ampliação dos assuntos que eles sabem. Estratégias de ensino que promovam desafios, são atraentes às crianças. Temos os jogos, quebra-cabeças, charadas e enigmas. Atividades em forma de um problema, onde o aluno mobiliza seu conhecimento para resolvê-lo. Discussões e debates abordando assuntos duvidosos são excelentes práticas, em grupos alcançarão uma resolução acertada. As atividades em grupo permitem debates de ideias e geram uma interação produtiva. Propiciam trocas de conhecimento, principalmente na produção de textos.
Na área da Matemática existe atualmente uma preocupação, com o ensino, mas também que o aprendente tenha uma formação cultural matemática. Existem fases na aprendizagem. Os PCN”s juntamente com amplos estudos e discussões acadêmicas elaboraram novos blocos de conteúdos para o ensino Fundamental. Por meio dos saberes da matemática o aluno terá condições de interpretar o mundo.
Nas Ciências o aprendizado de conceitos profundos se dá pela concretude. Como significar tais conceitos sem o uso da prática? Observando atividades práticas com o estudo teórico, o aluno terá uma compreensão mais ampla, o senso comum sobre assuntos complexos, terá uma explicação científica, dúvidas, suposições e hipóteses terão sua validação. Com o acesso ao laboratório ou até mesmo a confrontação em campo, tais atitudes elencadas acima, culminarão em respeito à natureza e a questões éticas que envolvem o ser humano.
Finalizando caberá aos professores terem uma postura de facilitador na construção do conhecimento, promovendo a autonomia de seus alunos.
Fotos e imagens retiradas de domínio público e do site dia do escritor: https://www.google.com.br/search?q=FOTOS+DE+ESCRITOR&biw=1366&bih=667&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0CAYQ_AUoAWoVChMIi-yi2euIxwIVyqKACh1bwAM_#imgrc=EhPqeVRBs8ce7M%3A